segunda-feira, 27 de março de 2017

REFLEXÕES DE UMA PROFESSORA MUITO MALUQUINHA!!



Esta página foi criada por alguns motivos. Primeiro surgiu da necessidade de ter um espaço para escrever de forma mais pessoal sobre vários assuntos de que gosto, por exemplo, livros, filmes, músicas, escritores, artigos e notícias publicadas nos jornais ou revistas, psicologia, educação, enfim registrar minhas ideias, opiniões, questionamentos e reflexões.
A palavra REFLEXÕES surgiu no meio de várias palavras que desse a ideia de pensar, analisar, enfim refletir sobre os fatos de  minha existência,  minha prática profissional, sobre o mundo de uma maneira geral. Então, tem tudo a ver comigo que sou além de psicóloga, professora, profissões que se complementam e que amo bastante.
 E quanto as reflexões ser "DE UMA PROFESSORA MUITO MALUQUINHA", remonta a uma professora moderna, flexível, amiga dos alunos, com ideias novas, bem humorada, de bem com a vida, uma eterna aprendiz. Gosto muito dessa expressão. Aí percebi que essa "professora muito maluquinha" quem cunhou foi o cartunista e escritor ZIRALDO, que é uma pessoa que admiro bastante e faço aqui a minha homenagem a tão maravilhoso escritor.
Conheça mais sobre ao Ziraldo no link abaixo:
http://www.ziraldo.com.br





Celebrando 2017!

   

Oi, gente!
Faz tempo que não acesso esse blog. E tive dificuldades em acessá-lo hoje. Gostaria de comunicar a todos que acompanharam esse blog que ele chegou ao seu término, seu ciclo de vida acabou. Vou explicar porque...
Esse blog foi criado durante a minha prática educativa na Escola de Ensino Médio Presidente José Sarney. O seu objetivo era divulgar, postar, estar presente no dia a dia da vida escolar, seus eventos, suas realizações, enfim, era valorizar tudo o que aconteia na escola.



O objetivo do blog era o incentivo à leitura, estimular os alunos e todas as pessoas envolvidas no processo ensino-aprendizagem a ter uma prática de leitura constante e prazerosa.
E creio que ele cumpriu sua missão nesses anos todos que estivemos juntos. 
Aí, fiquei de licença e agora comunico a todos que estou aposentada.
Então, estou longe da vida escolar! 


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Gostaria de agradecer a todos que me acompanharam nessa jornada. Agradeço de coração a Roberta, aluna que me ajudou a criar o blog. Agradeço a direção da escola e todos os professores, funcionários, alunos, pais, enfim a todos que estiveram presente nesses anos de blog, que me apoiaram nessa iniciativa.
Agradeço muito a todos os alunos leitores da biblioteca da escola que movimentaram aquele espaço dando vida e alegria a quem entrasse e escolhesse levar um livro das estantes. 
Nossa, foram muitas pessoas!!
Sinto saudades daqueles tempos!
Mas vida nova, amigos novos, e tenho certeza, foram plantadas sementes que estão dando frutos em outros lugares.

Estaremos sempre nos encontrando nas muitas curvas dessa caminhada!
Um abraço forte em todos!


"Os livros não mudam o mundo. Quem muda o mundo são as pessoas. Os livros só mudam as pessoas."
(Mário Quintana, poeta),


"

sexta-feira, 1 de julho de 2016

LIVROS QUE MUDARAM A HUMANIDADE!

A G U A R D E !!
Inicio essa sessão de nosso blog com o Livro das Mutações. Pela linha do tempo este livro está situado no século 50 a.C. (5000 a.C. a 1150 a.C.)

I CHING - O LIVRO DAS MUTAÇÕES  
Nome original: Yi Jing (China)
Autor: Fu Hsi e outros
Edição no Brasil: Pensamento; 1997
Área: Religião; filosofia

DO QUE TRATA:
O I Ching é a base da sabedoria chinesa, um conjunto de estudos que analisa o mundo e o homem, passando por astronomia, matemática, fenômenos, etc. O Livro das Mutações é a obra sagrada e milenar sobre esse ensinamento, que tem como um dos objetivos o autoconhecimento. É mais famoso no mundo ocidental por ser um oráculo (ensina dois rituais, um com moedas e outro com varetas para que o leitor o consulte com perguntas), o que de fato é, mas não apenas. Para entender O Ching devemos primeiro absorver o significado desses termos. Na China antiga, o nome de uma coisa não era considerado apenas um rótulo, mas   "uma expressão do ser", como explica o tradutor, no prefácio da edição brasileira citada. A designação "I" é um símbolo (ou "ideograma") de máxima importância na sabedoria chinesa. Significa mutação, que é o centro do pensamento chinês: tudo é mutável, menos a própria mutação, que é constante, e isso demonstra a essência da vida. "Ching" quer dizer "clássico", ou seja, a tradução em português mais literal da obra seria "O Clássico das Mutações".  

Inicialmente o livro tinha mais símbolos do que palavras, o que exigia uma interpretação rigorosa. Ao longo dos séculos, diferentes sábios acrescentaram textos explicativos, que facilitam a vida do leitor, embora restrinjam o significada mais puro dos símbolos. Os tais símbolos são os 64 hexagramas (figuras formadas por 6 linhas) compostos a partir da combinação de 8 trigramas que representam os estados essenciais da natureza e do universo. Cada um deles vem com um "Julgamento" acompanhado de outros textos interpretativos da figura e no que seu significado pode se desdobrar. A estrutura do livro tem várias ramificações, entretanto sua linguagem não é difícil. Pelo contrário, busca a simplicidade. Mas para isso o leitor tem que entrar no espírito dos orientais e não buscar respostas rápidas ou superficiais. O próprio I Ching ensina isso e o oráculo pode "se negar" a responder a sua pergunta.

QUEM ESCREVEU:
A tradição chinesa atribui a um ser mítico de nome Fu Hsi a criação de toda a base da sabedoria da China, representada na escrita pela I Chng. Fu Hsi teria estudado o céu, a terra, os organismos e nomeado os Kua (cada símbolo), com seus traços e representações simbólicas antes da dinastia Chou (1150 a.C. - 249 a.C.), por volta de 5000 a.C.. Posteriormente, textos foram acrescentados pelo rei Wên  (escreveu os trechos de "Julgamento") e pelo Duque de Chou ("Linhas") já na dinastia homônima. As chamadas "Dez Asas" foram escritas pelo famoso sábio Confúcio, responsável pelo nome "Ching " da obra. Quem trouxe O Livro das Mutações para o mundo ocidental foi o tradutor alemão Richard Wilhelm, em 1923, depois de quase 10 anos de trabalho.


POR QUE MUDOU A HUMANIDADE:
É uma das mais importantes obras do mundo e provavelmente a mais antiga já divulgada. Os chineses foram pioneiros em organizar métodos para a busca do autoconhecimento, por isso a sabedoria desse povo é tido até hoje como sólida referência da cultura oriental.

Fonte: Revista Super Interessante - Coleção Super Essencial: 101 Livros que mudaram a humanidade - Editora Abril - 2005.

Clique para saber mais sobre o I Ching e faça uma consulta!



BÍBLIA 
Nome original: não há
Autor: vários
Edição no Brasil: Nova Versão Internacional (Sociedade Bíblica Internacional; 2001)
Área: Religião
Pela linha do tempo a Bíblia está situada no século 1500 a.C. a 100 d.C.


DO QUE TRATA:
Bíblia quer dizer "coleção de livros": ao todo são 66 ou 73 livros (na versão adotada pela Igreja Católica), reunidos na forma como conhecemos hoje somente a partir do século 4 d.C. Divididos em Velho e Novo Testamento, datados de antes e depois de Cristo, respectivamente, foram escritos em hebraico, aramaico e grego. Por isso não há um título original para a Bíblia, palavra que ganhou tradução em quase todos os países do planeta.
O livro conta muitas histórias, desde a criação do mundo até a vida e morte de Jesus. Fala de profecias como o Apocalipse, sobre o fim do mundo, traz poesias, como os Salmos; contém leis, especialmente nos 5 primeiros livros, que formam a Torah dos judeus; tem cartas aos primeiros cristãos. Os assuntos narrados ali são em boa parte ligados a datas e a personagens comprovadamente históricos - embora haja citações que dependam exclusivamente de fé para serem aceitas como reais. A mensagem da Bíblia prega que o homem, criado por Deus - Ser espiritual e Todo-Poderoso -, tem total liberdade para aceitar ou rechaçar a salvação oferecida por Jesus.

QUEM ESCREVEU:
A Bíblia foi escrita por inúmeros autores, que viveram mais ou menos entre os séculos 16 a.C. e I d.C. Alguns escreveram apenas um livro, outros escreveram uma porção, como o apóstolo Paulo, autor de 13 cartas do Novo Testamento. Há livros cuja autoria é desconhecida e escritores tão diversos quanto um rei (Davi, autor dos Salmos), um médico (Lucas, autor de um dos evangelhos e de Atos) e um pescador (Pedro, que escreveu três cartas do Novo Testamento).

POR QUE MUDOU A HUMANIDADE:
Na Bíblia estão contidos os fundamentos de uma das principais religiões do mundo, o cristianismo, adotada por cerca de 20% da população mundial. A base para outra grande religião, o judaísmo, também estão lá, no Velho Testamento, chamado de Bíblia Hebraica.
O Velho Testamento usado pelos protestantes tem os mesmos 39 livros da Bíblia Hebraica, dos judeus. A Igreja Católica, em 1546, no Concílio de Trento, acrescentou 7 livros à lista - e esta é a única diferença entre a Bíblia dos dois grupos, apesar de tantas divergências.
O calendário mundial foi alterado por causa de Jesus, conhecido por meio da Bíblia, que foi ainda o primeiro livro da história a ser impresso, por Johannes Gutemberg. É considerado o livro mais lido, traduzido e distribuído de todos os tempos, podendo ser encontrado mais de 2.000 línguas e dialetos diferentes.

Fonte: Revista Super Interessante - Coleção Super Essencial: 101 livros que mudaram a humanidade - Editora Abril, 2005.






ILÍADA E ODISSÉIA
Nome original: Illyas/Odysseia (Grégia antiga)
Autor: Homero
Edição no Brasil: Planeta Jovem; 2003
Área: Literatura/História
Pela linha do tempo este livro está situado no século 8 a.C.


DO QUE TRATA:
"Canto, ó deusa, a cólera de Aquiles" é o verso incial e o tema central da Ilíada, que em seus mais de 15000 versos relata a fúria do heroi Aquiles, filho de uma deusa e um mortal, e suas trágicas consequências na Guerra de Tróia, na qual mata Heitor, o filho do rei de Tróia. Odisséia conta as difíceis aventuras que enfreta Ulisses, rei de Ítaca, e seu retorno para casa após a guerra, onde o esperam sua esposa, Penélope, e o filho, Telêmaco.

QUEM ESCREVEU:
Homero foi um dos primeiros poetas da Grécia antiga. Pouco se sabe sobre sua vida, mas calcula-se que tenha nascido por volta dos séculos 8 ou 9 a.C. Pelo menos 7 cidades gregas disputam a honra de ter sido seu berço. Já houve até quem questionasse a própria existência do poeta.
Levados pelas diferenças de estilo de cada poema, estudiosos há séculos discutem a hipótese de cada um dos textos pertencer a um autor diferente. Ou de ambos serem a recomposição de poemas anteriores, da tradição oral, reunidos por um poeta anônimo.

POR QUE MUDOU A HUMANIDADE:
São os 2 maiores poemas épicos da história, considerados o início da literatura ocidental. Tiveram enorme influência nas manifestações da arte, da literatura e da civilização do Ocidente, e seus personagens e sagas se tornaram símbolos e sínteses de toda a aventura humana.

Fonte: Revista Super Interessante - Coleção Super Essência: 101 livros que mudaram a humanidade - Editora Abril, 2005.





UPANISHADS 
Nome original: Upanishads (Índia)
Autor: Anônimo
Edição no Brasil: Ibrasa; 1997
Área: Religião
Pela linha do tempo este livro está situado no século 8 a.C ao século 3 d.C.




DO QUE TRATA:
Os Upanishads derivam do mais antigo texto hindu, os Vedas, que formam a base de toda a filosofia do hinduísmo. Originalmente eram cerca de 200 textos, mas 12 são considerados os mais importantes. Por meio de diálogos entre mestre e discípulo, os Upanishads falam sobre a compreensão e alma humana (Atman) e o caminho para se atingir a realidade absoluta (Brahman).


QUEM ESCREVEU:
O autor dos textos é desconhecido, mesmo após estudiosos tentarem em vão descobrir sua identidade. Foi o filósofo Shankara quem compilou os 10 mais importantes e acrescentou comentários que até hoje influenciam a cultura hindu.



POR QUE MUDOU A HUMANIDADE:
Os Upanishads também são chamados Vedantas (o fim dos Vedas, escrituras religiosas hindus), não apenas por serem os últimos textos a ser concluídos, mas por reunirem os ensinamentos mais importantes.
Eles tratam de filosofia e meditação e são considerados a essência do pensamento hindu (religião seguida hoje por mais de 500 milhões de pessoas no mundo), a busca do indivíduo por uma conexão com o universal, a realidade absoluta.
Os Upanishads e o Mahabharata se completam: os primeiros têm uma conotação filosófica e o segundo, uma importância cultural.

Fonte: Revista Super Interessante - Coleção Super Essência: 101 livros que mudaram a humanidade - Editora Abril, 2005.


Resultado de imagem para anacletosANACLETOS
Nome original: Lun Yu (China)
Autor: Confúcio
Edição no Brasil: Martins Fontes, 2005
Área: Filosofia, religião e política


DO QUE TRATA:
Com breves diálogos e anedotas, compilados após a morte de Confúcio, Anacletos é um conjunto de normas de comportamento, cuja essência é o "ren", que pode ser traduzido como "benevolência" ou "humanismo". São um misto de religião, código de ética, ritual social e filosofia política.

Resultado de imagem para confucioQUEM ESCREVE:
Kung-Fu-Tzu (551 a.C. -479 a.C.) - Confúcio é a latinização desse nome, "Venerável Mestre Kung" - passou quase a vida inteira lecionando na China, onde nasceu. 
Tido por muitos como um verdadeiro santo, dizia-se um escolhido do céu com a missão de restaurar o mundo. Ambicionava um emprego no governo para colocar suas ideias em prática, tendo exercido o cargo de ministro da Justiça.
Depois disso, passou 13 anos peregrinando pela China. Morreu aos 72 anos, deprimido e frustrado.

POR QUE MUDOU A HUMANIDADE:
Os ensinamentos deixados por Confúcio ainda permeiam a vida política e social de quase metade das pessoas no mundo.
Suas ideias influenciaram clássicos do Iluminismo no século 16 e ainda hoje estão presentes em costumes e interferem até mesmo no desempenho econômico de países como China, Japão e Coréia.

quarta-feira, 29 de junho de 2016

EU INDICO!

Oi, gente!
Essa página do blog tem como criadora a professora Mariana Gadelha, ela me procurou e trouxe já elaborado como seria EU INDICO! Gostaria de parabenizá-la e agradecer seu apoio e parceria. 
Então, essa página é um convite a todos, alunos, professores, funcionários, ex-alunos, pais, enfim, toda a comunidade escolar interna e externa a trazerem indicações de livros que só nos enriquecerão intelectual, psicológica, social e por que não espiritualmente? Eis a primeira indicação que é da professora Mariana: O ALIENISTA, de Machado de Assis.
Portanto, boa leitura!

O ALIENISTA
70 páginas

AUTOR: MACHADO DE ASSIS 
A época em que viveu o escritor foi uma das mais importantes e movimentadas da história do Brasil. Machado de Assis passou toda a vida no Rio de Janeiro, trabalhou como jornalista e ocupou cargos públicos  importantes, convivendo com personalidades da segunda metade do século XIX. Escreveu inúmeras obras, entre elas: O Alienista, agora em quadrinhos! Que maravilha!

TEMA:
Em O Alienista Machado de Assis desenvolve uma reflexão sobre um dos temas recorrentes em sua obra: a loucura, que se encontra também no personagem e no romance Quincas Borba. Isto somada à observação atenta da psicologia dos personagens torna este texto essencial para a compreensão da obra do autor.

POR QUE LER:
Pela cuidadosa análise que Machado de Assis faz sobre o comportamento humano. Este conto divertido procura estimular o leitor à reflexão, e à discussão, ainda que não para chegar a uma interpretação conclusiva de suas metáforas. O Alienista, acima de tudo, não propõe conclusões, mas questionamentos. 

PRESTE ATENÇÃO:
Em como o autor extrai, de cada personagem, reflexões e depoimentos que nos seduzem pela amplitude e atualidade de seus significados. Na figura de Simão Bacamarte revela-se um questionador apurado sobre o Poder, sobre a Solidão que dele decorre, sobre a própria ciência e a coerência científica.




MEMORIAL DE MARIA MOURA
493 páginas
Editora José Olympio


AUTORA: RACHEL DE QUEIROZ
Rachel de Queiroz nasceu em Fortaleza, à rua Senador Pompeu, nº 86 (antigo). A casa onde nasceu era a residência de sua bisavó, D. Miliquinha (Maria de Macedo Lima), prima-irmã de José de Alencar. Os pais da escritora moravam em Quixadá, onde seu pai, Daniel de Queiroz, exercia as funções de juiz.
Raquel publicou inúmeras obras, entre elas: As Três Marias, O Quinze, João Miguel, Caminhos de Pedra e Memorial de Maria Moura.


TEMA: 
Memorial de Maria Moura (1992) é uma história de amor e aventuras, onde a imaginação e a ficção alcançam seu apogeu num texto pleno de personagens e relações sociais, no desenvolvimento de uma ação e um contexto de época. Sendo a história adaptada para a televisão, num seriado de sucesso da Rede Globo, conseguiu emocionar a todos com uma trama de intrigas e disputa de terras, onde a ambição, a inveja, a fortaleza e o amor transitam constantemente, embalando a vida de homens fracos e mulheres fortes.


POR QUE LER:
Ler uma obra de Rachel de Queiroz é, com certeza, uma atividade que nos levará ao desenvolvimento do pensamento crítico e ao mesmo tempo nos proporcionará um grande crescimento intelectual e cultural, haja vista, a grande importância da escritora para a literatura nacional.


PRESTE ATENÇÃO:
Na força, esperteza e coragem de Maria Moura. Fique atento para alguns fatos que provavelmente tenham contribuído para a formação dessa guerreira, como por exemplo, a morte chocante da própria mãe.
Maria Moura é realmente uma mistura de ficção e realidade, é um exemplo de alguém que conseguiu superar inúmeros obstáculos, na linguagem popular "alguém que conseguiu dar a volta por cima."


INDICAÇÃO DA ALUNA:
ANA CARLA DA COSTA SILVA - 1º J - NOITE.



A CARTOMANTE   
42 páginas
Editora: Escala Educacional

AUTOR: MACHADO DE ASSIS
Joaquim Maria Machado de Assis nasceu em 21 de junho de 1839, no Rio de Janeiro. Neto de escravos alforriados, contava com a proteção de uma madrinha muito rica. Um fato de sua vida que lhe marcou bastante foi a morte de sua esposa aos 35 anos. Três anos depois, em 1908, Machado também morre no Rio de Janeiro deixando várias obras publicadas.

TEMA:
A Cartomante sugere intrigas, suspeitas e traições e nem uma verdade, porém todos acabam se envolvendo, cada um com suas superstições e crendices.

POR QUE LER:
A Cartomante é um pequeno conto que prende a atenção dos leitores, tanto por conta do suspense que o autor sugere até o final da estória como também pela ingenuidade das personagens que apesar de culpadas pela traição agem como se os seus sentimentos justificassem todos os seus atos.

PRESTE ATENÇÃO:
Na maneira como se dá o desfecho da narrativa. Você tem a impressão de que a qualquer momento um fato novo vai colocar a cartomante bem no centro do trágico romance, uma vez que não fica claro se o marido traído e a cartomante estão ligados de algum modo, realmente. Tire suas conclusões lendo e se deliciando com as incríveis artimanhas de Machado.

INDICAÇÃO DA ALUNA:
MARIA ZENILDA DOMICIANO
2º E - TARDE.


UM CONTO DE FIM DE MUNDO
57 páginas
Editora: FTD
AUTOR: JÚLIO EMÍLIO BRAZ
Júlio Emílio Braz nasceu em Manhumirim, Minas Gerais, em 16 de abril de 1959. Desde os cinco anos mora no Rio de Janeiro, onde escreveu quase todos os seus 123 livros.
Começou escrevendo roteiros de histórias em quadrinhos de terror. Muitas delas foram publicadas em portugal, Bélgica, Holanda e Estados Unidos. Depois, produziu livros de bolso no gênero western com quase quarenta pseudônimos.

TEMA:
Maria José é a personagem principal de Um conto de fim de mundo mas poderia ser qualquer uma das muitas meninas pobres do Brasil, que chegaram à prostituição, levadas pelo abandono das famílias ou conivência das mesmou ou, muitas vezes, por motivos de ordem financeira e/ou sócio-culturais.

POR QUE LER:
O olhar crítico de Júlio Emílio Braz atua como uma janela por onde nós podemos contemplar a história de uma garota guerreira, que apesar do sofrimento e das adversidades da vida procura dar sentido ao seu cotidiano trágico e sombrio. Através de Maria José o autor explora as relações familiares, amorosos e sociais, abordando a corrupção, a ignorância e a ganância do ser humano.

PRESTE ATENÇÃO:
Na reflexão sobre o crescimento da prostituição infantil no nosso país e no descaso dos órgãos públicos, das autoridades e, muitas vezes, da sociedade de um modo geral. Observe a análise psicológica e as imagens construídas a partir da personagem Maria José. São sensacionais! Boa leitura.

INDICAÇÃO DA PROFESSORA MARIANA GADELHA.





OS ANIMAIS TÊM RAZÃO
47 páginas
Editora: Conhecimento

AUTOR: ANTÔNIO FRANCISCO TEIXEIRA DE MELO

Antônio Francisco Teixeira de Melo nasceu em Mossoró-RN, em 21 de outubro de 1949. É poeta popular, xilógrafo e compositor. um dado interessante é que, só após os quarenta anos, ele se dedicou ao ato de escrever. Sua produção é muito elogiada pela crítica literária atual. Entre seus livros e folhetos mais conhecidos estão "Dez cordéis num cordel só" e "Veredas das sombras". É membro da Academia Brasileira de Literatura e Cordel - ABLC.


TEMA:
Francisco Teixeira retrata com grande criatividade de narrativa a destruição que o homempromove por onde passa - seja com a fauna ou com a flora - ele está sempre destruído, sem se preocupar com a devastação que está causando à natureza.

POR QUE LER
Pela importância do tema e pela valorização da literatura de cordel. Com uma linguagem simples e de fácil compreensão, o autor utiliza elementos do universo imaginário do homem sertanejo e por meio de imagens fabulosas e lendárias, próprias da cultura popular, recria um ambiente mágico onde a própria natureza pede socorro. Este é um livro para todas as idades.

PRESTE ATENÇÃO:
Na maneira como o autor conduz a narrativa envolvendo as personagens num ambiente de denúncias, justificativas e luta pela sobrevivência.

INDICAÇÃO DA ALUNA:
EDIMARA PEDRO MAGALHÃES
2º G - NOITE.





CRIME E CASTIGO
Editora 34
561 páginas


AUTOR: Fiódor Dostoiévski

Fiódor Mikháilovitch Dostoiévski nasceu em Moscou a 30 de outubro de 1821, num hospital para indigentes onde seu pai trabalhava como médico. Em 1838, um ano depois da morte da mãe por tuberculose, ingressa na Escola de Engenharia Militar de São Petersburgo, onde aprofunda seu conhecimento das literaturas russa, francesa e outras.
Em 1846 publica seu primeiro livro, Gente pobre, que teve calorosa recepção da crítica. Passa a frequentar círculos revolucionários de Petersburgo e em 1849 é preso e condenado à morte. No derradeiro minuto, tem a pena comutada para quatro anos de trabalhos forçados, seguidos por prestação de serviços como soldado na Sibéria.
Em 1857 casa-se com Maria Dmitrievna. Funda, três anos depois, a revista literária O Tempo que é fechada pela censura em 1863; no ano seguinte funda outra revista Época. Nesse ano perde a mulher e em 1866 publica Crime e Castigo e conhece Anna Grigórievna que será sua companheira até o fim da vida.
Em 1878, após a morte do filho Alieksiêi, de três anos, começa a escrever Os irmãos Karamázov, que será publicado em fins de 1880. 

Reconhecido pela crítica e por milhares de leitores como um dos maiores autores russos de todos os tempos, Dostoiévski morre em 28 de janeiro de 1881.

TEMA:
Publicado em 1866, Crime e Castigo é a obra mais célebre de Fiódor Dostoiévski. O personagem principal deste romance denso chama-se Rodion Románovitch Raskólnikov, um estudante pobre e desesperado, que deixa a faculdade por falta de condições para custear os estudos. Ele perambula pelas ruas de São Petersburgo até cometer um crime que tentará justificar por uma teoria que ele mesmo inventou: grandes homens, como César ou Napoleão, foram assassinos absolvidos pela História, então por que ele não poderia matar uma velha agiota, que repete na microestrutura da sociedade o que o sistema bancário faz na macroestutura?
Sobre o pano de fundo dessa reflexão ele mata a velha e jamais reconhecerá que cometeu um crime. Porém, Raskólnikov viverá conflitos existenciais profundos que exigirá que ele tome uma decisão: se entregar a polícia revelando seu crime.


POR QUE LER:
O livro Crime e Castigo representa uma nova etapa na obra de Dostoiévski: a etapa dos grandes romances. É um livro clássico da literatura mundial e vale a pena lê-lo, pois sua leitura nos possibilita refletir, através de seus personagens, sobre a existência humana, cheia de "armadilhas" que podem mudar nosso destino e o das pessoas ao nosso redor. 
Ler esse livro nos proporcionará conhecer um pouco sobre Dostóieviski, que foi um riquíssimo e complexo produto de sua época, o homem que viveu intensamente a dúvida e a elevou à condição de categoria estética. Ele toma o particular, o indivíduo, e parte para o universal, a sociedade de sua época e as tendências em luta.


PRESTE ATENÇÃO:
Na narrativa labiríntica que o autor nos conduz. Ela nos leva por becos, tabernas e pequenos cômodos, povoados de personagens que lutam para preservar sua dignidade contra as várias formas de tirania.
Nos conflitos de ordem psicológica que arrastam como um redemoinho suas personagens, altamente intelectualizadas.
Na voz inconfundível de cada personagem, a análise aguda da sociedade, os diversos movimentos da alma de Raskólnikov, da extrema contradição do ódio à surpreendente redenção pelo amor.


INDICAÇÃO DA PROFESSORA AMPARO RODRIGUES MOREIRA.






MADAME BOVARY


EDITORA: Edições de Ouro
PÁGINAS: 196




AUTOR: GUSTAVE FLAUBERT
Roman de Gustave Flaubert nasceu em 12 de dezembro de 1821, em Ruão, França e faleceu em 08 de maio de 1880.
Flaubert foi o traço de união entre duas épocas, o ponto de confluência onde vieram se unir as correntes românticas e realistas.
Ele marcou a literatura francesa pela profundidade de suas análises psicológicas, seu senso de realidade, sua lucidez sobre o comportamento social, e pela força de seu estilo.
Escreveu também: "L'Éducation sentimentale" (1869), "Salammbô" (1862) e contos, tal como "Tróis Contes" (1877).


TEMA:
Romance dramático que narra a decadência e a tragédia da família Bovary. Com ele o realismo social e psicológico de Flaubert atinge o ambiente parisiense da época.
O foco central da obra é a descrição da desintegração do caráter de uma mulher romântica que sonha com a realidade de um amor cheia de felicidade e vive a realidade concreta de um casamento sem grandes emoções.

POR QUE LER:
Entre outras razões, por apresentar um relato crítico da sociedade e uma sondagem interior do ser humano. Podemos dizer que a obra faz uma crítica ao Romantismo, pois Ema Bovary era romântica, uma vez que fantasiava um mundo irreal através dos livros que lia. O choque da realidade, entretanto, a tornou uma personagem realista e bastante vulnerável aos ataques fascinantes e sensuais dos homens que lhe seduziram e aos luxuosos ambientes que lhe atraíram e a conduziram à destruição.

PRESTE ATENÇÃO:
Na maneira como Flaubert coloca em evidência o comportamento "questionável" e leviano da sociedade parisiense da época por meio da análise psicológica que faz de suas personagens. Assim, nos revela desvios de caráter e falhas de conduta da humanidade como: a ganância, o oportunismo, a inveja, a mentira, a fofoca, o adultério, entre outros, que são revelados e que nos ajudam a entender porque Madame Bovary se tornou uma referência para escritores do século XIX e um clássico da literatura mundial.
INDICADO PELA  PROFESSORA MARIANA GADELHA.





ROMEU E JULIETA
Editora: L & PM Editores
Páginas: 59




Autor: William Shakespeare
William Shakespeare é considerado um dos mais importantes dramaturgos e escritores de todos os tempos. Nasceu em 23 de abril de 1564, na cidade inglesa de Stratford-Avon. Os textos de Shakespeare até hoje fazem sucesso, pois tratam de temas próprios dos seres humanos, independente do tempo histórico: amor, questões sociais, temas políticos etc.

TEMA:
Romeu e Julieta é um clássico da literatura universal que conta a história do amor proibido de dois jovens pertencentes a duas famílias rivais.

POR QUE LER:
Porque é um clássico da literatura universal que traz a história envolvente de dois jovens que se apaixonaram e não tiveram medo de viver seu grande amor, mesmo tendo que enfrentar as intrigas e rivalidades de suas famílias: os Montecchios e os Capuletos.

PRESTE ATENÇÃO:
Na linguagem culta utilizada, na maneira como o autor aborda o sentimento que envolve o casal e no engano que provoca a morte de ambos.

INDICADO PELA ALUNA
THAMARA  DE FREITAS VIEIRA  
2º G - NOITE





BOCA DO INFERNO
Editora: Claroenigma
Página: 309


AUTORA: Ana Miranda
Ana Miranda nasceu em Fortaleza, Ceará, em 1951. Cresceu em Brasília e morou no Rio de Janeiro de 1969 a 1999 e em São Paulo até 2005. Atualmente vive em Aquiraz, Ceará. Publicou várias obras no Brasil e me outros países como Estados Unidos, Inglaterra e Itália. Escreveu além de romances, crônicas, contos e poesias, histórias para o público infantil. Para saber mais sobre a autora acesse o site: www.anamirandadaliteratura.hpgvip.com.br


TEMA: O romance Boca do Inferno constitui ficcionalmente a Bahia do século XVII e as intrigas políticas entre o governador-geral Antônio de Sousa Menezes e a família do jesuíta Antônio Vieira. Gregório de Matos, amigo de Vieira, por meio de sua veia satírica expõe as atrocidades e ações arbitrárias que assolam e transformam a vida do paraíso baiano num verdadeiro inferno.


POR QUE LER:
Para conhecer uma obra de grande importância literária que pode nos auxiliar no estudo do estilo barroco brasileiro. Nesta obra, a autora por meio de sua percepção poética e habilidade em recriar histórias de paixões, aventuras e relatos históricos nos permite mergulhar num cenário onde a sátira de Gregório de Matos é latente e decisiva para nossa compreensão a cerca dos conflitos políticos e do comportamento da sociedade do século XVIII.


PRESTE ATENÇÃO:
Nas palavras e expressões da linguagem das personagens, no comportamento das pessoas que compõem os diversos grupos sociais (as autoridades políticas, os eclesiásticos, os escravos, as prostitutas e toda a gente humilde dos arrabaldes da Bahia), tudo isso é fundamental para recriarmos a atmosfera de paixão, justiça, aventura, amor, vingança e ódio que impulsionou e serviu de pano de fundo para que Gregório de Matos através de sua sátira poética registrasse com tanta propriedade a luta de um povo.

INDICAÇÃO DA PROFESSORA MARIANA GADELHA.




A MENINA QUE ROUBAVA LIVROS
Editora: Intrínseca
Páginas: 480

AUTOR: Markus Zusak
Markus Zusak nasceu em Sydney, na Austrália, em 23 de junho de 1975. É o mais novo de quatro filhos de um austríaco e uma alemã.
É um escritor bastante jovem e todos os seus livros publicados foram acolhidos com críticas radiosas e recebeu o Prêmio Livro do Ano para Leitores Mais Velhos, concedido pelo Conselho Australiano de Livros Infantis.
Falando de suas razões para escrever A Menina que Roubava Livros, ele explica: "Eu queria escrever algo muito mais do que tinha escrito antes. A ideia de um ladrão de livros estava em minha cabeça quando escrevi I Am the Messenger (Eu Sou o Mensageiro), mas não estava pronta para ser escrita. A ideia original ambientava-se no presente, em Sydney, e isso não parecia muito certo. Depois, pensei em escrever sobre coisas que meus pais tinham visto, ao crescerem na Alemanha nazista e na Áustria, e, quando juntei as duas ideias, a coisa pareceu funcionar, especialmente quando pensei na importância das palavras naquela época, e naquilo em que elas conseguiram levar as pessoas a acreditar, assim como levá-las a fazer."
Markus Zusak mora em Sydney com sua esposa e sua filha. Ele gosta de surfar e assistir filmes em seu tempo livre.


TEMA:
A Menina que Roubava Livros conta a história de Liesel Meminger, uma menina de 10 anos que viverá após a morte de seu irmão com o casal Hans e Rosa Hubermann. Ele, um pintor desempregado, que toca acordeon e conquista Liesel com seu carinho e sua companhia afetuosa e bem humorada e ela,  uma dona de casa rabugenta, que só trata a menina com palavrões, mas que tem um coração generoso e amoroso.
Essa história se passa entre os anos de 1939 a 1943 na Alemanha nazista de Adolf Hitler e traz personagens marcantes, além da própria Liesel, uma menina meiga, cheia de sensibilidade, mas bastante madura para a sua idade.
Podemos saber da trajetória de Max Vandenburg, o judeu do porão, o amigo quase invisível de quem Liesel prometera jamais falar.
Há ainda Rudy Stneiner, seu melhor amigo e namorado que ela nunca teve e a mulher do prefeito, sua melhor amiga que demorou a perceber como tal, mas que lhe permite ter uma biblioteca cheia de livros.


POR QUE LER:
A Menina que Roubava Livros é uma história eletrizante, plena de sentimentos e valores humanos que nos faz entrar em contato com os horrores da Segunda Guerra Mundial.
É uma história de uma menina e vários personagens que viveram em uma época onde o ser humano era aceito pela sua raça e nos remete ao poder mágico e miraculoso das palavras.
Por tudo isto, essa história é bonita, trata de amizade, de cuidados com o outro seja ele quem for, de solidariedade e porque não dizer é uma história de amor, onde as pessoas, cada uma com seu drama, mas que abertas e atentas a busca pela felicidade coletiva.

PRESTE ATENÇÃO:
Na forma como o autor conduz a narrativa. Ele a conduz de uma maneira diferente e bastante peculiar que exige uma leitura atenciosa e concentrada, pois só assim entenderemos quem é o narrador e sua participação em toda a trajetória de Liesel Meminger.
À medida que progredimos na narrativa vamos nos habituando a forma original e criativa de contar uma história e só pararemos a leitura ao chegarmos ao seu término, que é surpreendente e cheio de emoções.

INDICADO PELA PROFESSORA AMPARO RODRIGUES MOREIRA.





O PRÍNCIPE MALDITO
Traição e loucura na família imperial

Editora Objetiva
307 páginas

AUTORA:  Mary del Priore
Mary Del Priore nasceu no Rio de Janeiro em 1952. Escreveu 21 livros sobre História do Brasil, entre eles História das Mulheres no Brasil e História da Vida Privada, foi duas vezes vencedora do Prêmio Casa Grande & Senzala e do Prêmio Jabuti, pela obra de relevo em Ciências Sociais.

Historiadora com pós-graduação na França, é sócia honorária do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e colabora com revistas nacionais e internacionais, além de ser cronista do jornal O Estado de São Paulo.

Lecionou nos departamentos de História da USP e da PUC/RJ e, atualmente, dá aulas de pós-graduação e acaba de lançar o livro: Histórias Íntimas - Sexualidade e Erotismo na História do Brasil, onde ela investiga a mudança de comportamento sexual ao longo dos últimos cinco séculos e outros detalhes íntimos dos brasileiros.

TEMA: 
A escritora e historiadora Mary Del Priore expõe a intimidade da família imperial brasileira - consumida por intrigas, traições e uma profunda melancolia, ao nos revelar um personagem fascinante e trágico, Pedro de Alcântara Augusto Luis Maria Miguel Rafael Gonzaga de Bragança Saxe e Coburgo, filho primogênito de D. Leopoldina, filha de D. Pedro II, imperador do Brasil.

Este livro traça um rico painel das últimas décadas do século XIX, no Brasil. Para o jornalista e escritor Eduardo Bueno este livro é romance de não-ficção: a vida sem obra de Pedro Augusto de Saxe e Coburgo - o príncipe que sonhou ser D. Pedro III, mas virou sapo quando o império das circunstâncias cedeu lugar à república dos fatos.

Ele narra como Pedro Augusto se envolveu neste sonho que só lhe trouxe desavenças com seus familiares e o levou à loucura no exílio, após a instalação da República no Brasil.

POR QUE LER:
Este livro nos revela uma parte da história do Brasil onde não nos ensinaram na escola e em nenhum livro de história do Brasil. Através dele temos conhecimento do que aconteceu antes do Brasil se tornar uma república.

Nos mostra a vida da família imperial, seus costumes, valores e ambições. Nos aproxima de D. Pedro II como um homem com defeitos, doenças, um ser humano com fragilidades, indecisões e mazelas físicas.


PRESTE ATENÇÃO:
Na linguagem informal, bastante acessível que a autora utiliza em sua narrativa, pois assim, fica fácil entendermos o contexto histórico em que se passa os acontecimentos sociais, políticos e familiares e todas as nuanças e comportamentos que envolvem os personagens da história.


INDICAÇÃO:
Professora Amparo Rodrigues Moreira.




      O Silêncio dos Amantes
Editora Record
159 páginas

Autora: Lya Luft
Lya Luft começou sua carreira literária em 1980, aos 41 anos, com a publicação do romance As parceiras. Depois sua carreira não parou mais, lançando sempre obras maravilhosas como Perdas & Ganhos (2003), Pensar é Transgredir (2004) e, no mesmo ano, Histórias de Bruxa Boa, sua estréia na literatura infantil, tema que retomaria em 2007 com A Volta da Bruxa Boa.
Em 2005, publicou o volume de poesias Para não dizer adeus e, em 2006, a reunião de crônicas  Em outras palavras.
Formada em letras anglo-germânicas e com mestrado em Literatura Brasileira e Linguística Aplicada, Lya trabalha desde os 20 anos como tradutora de alemão e inglês, e já verteu para o português obras de autores consagrados, como Virginia Woolf, Günter Grass, Thomas Mann e Doris Lessing.
Desde 2007 assina a coluna Ponto de Vista, da revista Veja.

TEMA:
São 20 histórias surpreendentes que envolvem a incomunicabilidade e o silêncio entre pessoas que se amam ou deviam se amar, os conflitos familiares, a busca de um sentido da vida, rancores, incompreensões, mas também magia e amor nos relacionamentos.
Histórias pungentes de perdas, dores, mescladas de sentimentos que nos emocionam e remetem a nossa própria existência.

POR QUE LER:
Lya Luft nos comove com suas histórias cheias de mistérios. Cada história toca fundo a nossa alma, os   personagens são simples, fortes, carentes, corajosos, que sofreram a rejeição, a perda de um amor, um ente querido etc. Portanto, ler esse livro é nos identificarmos com essas histórias e de certa forma buscarmos mais a comunicação com os nossos familiares, é avaliarmos o nosso silêncio e até que ponto ele nos possibilita o encontro com o outro.

PRESTE ATENÇÃO:
Na narrativa comovente e no sentimento profundo que a linguagem literária nos proporciona. 
As histórias são sempre chocantes, tristes, mas com algum ensinamento para nossa vida, como por exemplo: O anão, O aniversário, O internato, Um copo de lágrimas dentre tantas outras.
Cada história lida nos impulsiona para a próxima e só conseguimos parar de ler ao chegarmos a última das histórias e que dá título a esse surpreendente livro.

INDICAÇÃO:
Professora Amparo Rodrigues Moreira.





EQUADOR
528 páginas
Editora: Nova Fronteira

AUTOR: Miguel Sousa Tavares

Nasceu no Porto. Filho da poetisa Sophia de Mello Breyner Andersen, foi advogado antes de tornar-se um dos mais conhecidos jornalistas de Portugal e aproximar-se da escrita literária. Suas grandes obras são: Anos perdidos e Não te deixarei morrer.

TEMA:
Este romance trata da história de Luís Bernardo que não imaginava o que lhe esperava em uma missão na ilha de São Tomé. Ele se vê naquele mundo distante, da vida diferente da que tinha em Lisboa, se observa dentro de uma rede de conflitos de interesses e se depara com o amor a mudar completamente sua nova vida.

POR QUE LER:
Equador é um romance, fruto de uma longa maturação e investigação histórica, inspirado num período complexo da história portuguesa, o início do século XX e os últimos anos da monarquia.
É um puro e perfeito romance.

PRESTE ATENÇÃO:
Foi seu primeiro romance, admirado pela crítica mundial, mais de 230.000 exemplares vendidos em Portugal. Foi o maior fenômeno da nova literatura portuguesa. Está disponível em mais de 10 línguas e a mini série inspirada no livro foi a maior audiência da Portuguesa TVI.


INDICAÇÃO DO ALUNO:
Michael Douglas - 9º A - Tarde.




ROBINSON CRUSOÉ 
(Em quadrinhos)

 68 páginas
Editora: Farol Literário Ltda

Autor: Daniel Defoe
Nasceu em 1660 em St. Giles, Londres. Seu livro de maior sucesso é Robinson Crusoé. Depois de terminar sua educação, Defoe foi mandado para a Morton's Academy, em Stoke Newington- instituição educacional para cristãos não conformistas. Em 1684, ele casou-se com Mary Tuffley e, nos anos que se seguiram tiveram oito filhos.
A literatura de aventuras de Daniel Defoe inspirou muitos outros escritores, entre eles, Júlio Verne.

TEMA: 
O jovem Robinson Crusoé estava farto da vida pacata e confortável que levava com os pais na Inglaterra. Ele buscava uma grande aventura e para isso, embarca em segredo num navio mercante. Durante os anos seguintes e passadas muitas viagens aprenderá a duras penas não somente sobre o mundo, mas também sobre si mesmo. Depois de um calamitoso naufrágio, que dizima todo o restante da tripulação Crusoé se vê isolado numa ilha aparentemente deserta. Como é possível um homem sobreviver em tal situação? Ele conseguirá partir ou será forçado a permanecer ali até o fim de sua vida? Leia e descubra.

POR QUE LER:
Robinson Crusoé, a mais célebre obra de Daniel Dafoe, foi escrita em 1719 e é considerada pioneira do Realismo. Inspirado nos relatos verídicos do escocês Alexander Selkirk, que viveu sozinho por mais de quatro anos numa ilha da Costa do Chile, o romance inovou ao destrinchar os embates da consciência prática do homem e os ideais positivistas de civilização da época.

PRESTE ATENÇÃO:
É importante perceber o espírito de companheirismo e irmandade que envolve Robinson Crusoé e o índio Sexta-feira. Logo após a chegada do índio à ilha, renasce a chama da esperança em Crusoé que se enche de bravura e coragem para salvar outros homens recém-chegados à ilha sob à mira de canibais. A partir desse momento, Crusoé se fortalece, faz novos aliados e consegue retornar à sua terra, ao lado de seu novo e amigo Sexta-feira, como um homem muito mais rico, mais importante e mais sábio.

INDICAÇÃO:
Professora Mariana Gadelha.




MINHAS HISTÓRIAS DOS OUTROS
269 páginas
Editora: Planeta

AUTOR: Zuenir Ventura
De família pobre, Zuenir Ventura teve que trabalhar para estudar. Seu 1º emprego em Friburgo (RJ), onde passou a adolescência, foi de  aprendiz de pintor de parede, com seu pai. Depois foi faxineiro num bar e num laboratório de prótese dentária; office-boy numa agência bancária, balconista de uma camisaria e, finalmente, professor primário.
Dessa experiência surgiu a vontade de cursar Letras. Formou-se professor e lecionou por mais de 10 anos na Escola de Comunicação na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e na Escola Superior de Desenho Industrial (ESDI) da Universidade do Rio de Janeiro.
Ainda  na faculdade começou a trabalhar como arquivista do jornal Tribuna da Imprensa. Tornou-se jornalista quando o direítor-proprietário Carlos Lacerda, ao saber da notícia da morte de Albert Camus, perguntou na redação se havia alguém que pudesse escrever sobre o escritor francês nascido na Argélia, e esse alguém era Zuenir.
Foi repórter, redator e editor de vários jormais e revistas. Atualmente, é colunista do jornal O Globo e do site NoMínimo.
Ganhou os prêmios Esso e Vladimir Herzog, de Jornalismo, em 1989, além do Prêmio Jabuti de Reportagem por seu livro Cidade Partida, em 1994.
Entre seus livros estão também 1968, O ano que não terminou; Chico Mendes, crime e castigo; Crônicas de um fim de século e Inveja, mal secreto.

TEMA:
Este livro traz o testemunho de Zuenir Ventura, um dos escritores mais brilhantes de nosso tempo, sobre o período que vai do final dos anos 50, quando publica suas primeiras reportagens, até os dias de hoje.
Em meio a lembranças pessoais e coletivas, estão as principais mudanças comportamentais, políticas e sociais, revividas em episódios conhecidos e desconhecidos, em personagens famosos e anônimos. Histórias que aconteceram no Brasil e no mundo.

POR QUE LER:
Pela excelência do texto e a diversidade da narrativa, Minhas Histórias dos Outros é como o romance real de uma época em que houve do melhor e do pior: revolução sexual e arrojadas aventuras existenciais, mas também flagelos planetários como a aids e o narcotráfico; depressão e euforia, choro de alegria e de tristeza.
Ao mesmo tempo que é uma narrativa bem humorada e leve, nos proporciona reflexões sobre a vida e seus acontecimentos.

PRESTE ATENÇÃO:
Há momentos cômicos e surpreendentes, como a entrevista de Fidel Castro, que nunca pôde ser publicada, ou a foto acidental da calcinha branca de Jacqueline Kennedy. E há tramas pungentes como a saga de uma testemunha marcada pelo destino. Em suma, o livro de Zuenir é uma fascinante aventura humana, isso tudo porque o escritor soube dosar tão bem os fatos de sua vida pessoal e profissional mesclados com os de pessoas que fazem a história de nosso país e do mundo.

INDICADO PELA PROFESSORA:
Amparo Rodrigues Moreira



O GUARANI
(HQ)

52 páginas
Editora: Cortez
Adaptação: Walter Vetilla

AUTOR: JOSÉ DE ALENCAR
José Martiniano de Alencar nasceu em Messejana, Ceará, em 1º de maio de 1829. Mudou-se com os pais, ainda criança, para o Rio de Janeiro, para onde retornaria após cursar a faculdade de Direito de São Paulo. Já formado, colaborou com o Correio Mercantil e chegou a redator-chefe do Diário do Rio de Janeiro. Em 1856 publicou seu primeiro romance, Cinco Minutos.
O Guarani, publicado em 1857 como folhetim e logo depois como livro, foi seu segundo romance e um grande sucesso literário. Teve intensa carreira política e foi eleito deputado por diversas vezes consecutivas, chegando a Ministro da Justiça. 
Morreu de tuberculose, em 12 de dezembro de 1877, no Rio de Janeiro aos 48 anos de idade. Escreveu diversos livros, entre eles, Lucíola, Iracema, O tronco do Ipê e Senhora.

TEMA:
D. Antônio de Mariz, fidalgo português, muda-se para o Brasil com a família: D. Lauriana, sua esposa; Cecília e D. Diogo, filhos do casal; e Isabel, oficialmente sobrinha do fidalgo, mas, na verdade, filha dele com uma índia. Acompanha a família o jovem cavaleiro D. Álvaro de Sá, além de muitos outros empregados.
A obra se articula a partir de alguns fatos essenciais: a devoção e fidelidade de um índio goitacá, Peri, a Cecília; o amor de Isabel por Álvaro e o amor deste por Cecília; a morte acidental de uma índia aimoré, provocada por D. Diogo, e a consequente revolta e ataque dos aimorés, ocorrido simultaneamente a uma rebelião dos homens de D. Antônio, liderados pelo ex-frei Loredano, homem ambicioso e devasso que queria saquear a casa e raptar Cecília.

POR QUE LER:
Nesta adaptação de texto envolvente e vibrante, o leitor é apresentado a uma obra-prima da literatura brasileira. É um Brasil ainda selvagem e desconhecido, onde se trava esta aventura de amores não correspondidos, preconceitos raciais e batalhas entre brancos e índios pelo direito à terra. 
Peri é um índio que se arrisca para defender a família de sua amada Cecília, e é o grande herói verdadeiramente brasileiro de nossa literatura. 
Este livro irá certamente encantar aos leitores de todas as idades.

PRESTE ATENÇÃO:
Um dos pontos altos do romance O Guarani fica por conta da pureza do sentimento que une Peri e Ceci. Observe com atenção os momentos em que Peri arrisca a própria vida para proteger Ceci, seja quando ele se joga à frente da flecha lançada pelos aimorés contra Ceci, seja quando parte para a luta com os aimorés e toma um poderoso veneno.
Depois de muitas lutas, mais uma vez o amor vence todas as batalhas e juntos Ceci e Peri enfrentam tempestades e fortes ventos no Rio Paquequer agarrados a um grande galho de palmeira.

INDICADO PELA PROFESSORA:
Mariana Gadelha. 





FEIA, a história real de uma infância sem amor

361 páginas
Editora: Bertando Brasil

AUTORA: Constance Briscoe
Constance Briscoe nasceu em 18 de maio de 1957 na Inglaterra, é a quarta filha de Carmen (que veio da Jamaica) e George. Teve uma infância bastante atribulada, seus pais tiveram seis filhos e inúmeras brigas. Formou-se em Direito, em 1996, tornou-se juíza - uma das primeiras mulheres negras a presidir a sessão de um tribunal no Reino Unido. Vive em Clapham com seus dois filhos, Martin e Francesca. É casada com Tony Arlidge, membro do Conselho da Rainha.

TEMA:
Este livro relata a história real de Constance Briscoe que foi maltratada física e emocionalmente pela mãe durante sua infância e adolescência.
Constance conta sua vida dos 5 aos 15 anos onde enfrentou surras, humilhações, abandono e tudo isso vindo de sua mãe, uma mulher violenta, agressiva e sem afeto.
Ela foi criada num ambiente hostil, sem amor, carinho, elogios necessários a toda criança na construção de sua personalidade, mas sobreviveu, tornando-se uma pessoa de caráter, com uma identidade equilibrada, justa, forte, determinada em alcançar seus objetivos e o mais impressionante: uma pessoa amável, doce, sem revoltas em relação à vida ou as pessoas e amiga de todos que cruzavam o seu caminho.

POR QUE LER:
Este livro traz uma história surpreendente, real e emocionante. É a história de um ser humano que sofreu, passou por adversidades, se viu sozinha, sem apoio emocional, financeiro, familiar, porém soube lutar pela realização de seus sonhos.
É uma história que nos remete às nossas aflições, nossos traumas, alegrias e tristezas, mas nos ensina que o ser humano é capaz de mudanças e que ele carrega dentro de si a semente do bem e do mal e é ele quem escolhe qual dessas sementes vai guiar suas ações.

PRESTE ATENÇÃO:
Nos relatos comoventes de Constance Briscoe sobre seu cotidiano, sua vida em casa, na escola e em seus trabalhos. Esses relatos, mexem com nossas emoções e sentimentos, ficamos com raiva da mãe e de suas irmãs, com pena da senhorita K, enfim são relatos chocantes, que nos envolvem completamente.
Temos compaixão de Constance e torcemos por ela em cada situação que vivencia. É um livro que nos faz chorar e vibrar com sua vitória.

INDICAÇÃO DA PROFESSORA:
Amparo Rodrigues Moreira.




CONTOS DE ASSOMBRAÇÃO: CAUSOS ARREPIANTES DE REDENÇÃO DA SERRA
48 páginas
Editora: Difusão Cultural do Livro

AUTOR: Maurício Pereira
Nascido na cidade de Taubaté em 1973, até os sete anos de idade, foi criado na Fazenda de Paraitinga em Natividade da Serra, na divisa com o município de Redenção da Serra, também situada no Vale do Paraíba. Cresceu ouvindo "causos" de assombração que marcaram a sua infância. Maurício é também o ilustrador do livro. Atualmente, trabalha com criação, diagramação e arte para jornais e revistas e escreve e ilustra livros infantis e histórias em quadrinhos.

TEMA:
Neste livro, Mauricio Pereira preserva lobisomens, almas penadas e mortos-vivos que resolvem aparecer e assombrar o Vale do Paraíba à sua maneira, como em nenhum outro canto do Brasil.
Junto com as histórias de outros cantadores da cidade como José Octávio Pereira, José Bento e Pedro Feliciano, Maurício aumentou outros pontos das histórias tradicionais da região, e assim nasceram os causos reunidos em Contos de Assombração - causos arrepiantes de Redenção da Serra.

POR QUE LER:
Por ser uma obra que resgata histórias do imaginário popular sertaneja e que recria e promove o nosso folclore. Folclore é cultura e nada mais louvável que preservar essa riqueza, nossos costumes, crendices e lendas folclóricas, prestigiando o sertanejo forte e valente do nosso imenso Brasil.

PRESTE ATENÇÃO:
Na linguagem simples e direta com que o autor nos apresenta as narrativas. Ela nos remete a esse universo da magia, de mitos e crenças que deixariam qualquer um de "cabelo em pé". Esse é, na minha opinião, o grande trunfo que o autor soube muito bem utilizar para nos conduzir ao universo fantástico das histórias surpreendentes que povoam a mente do nosso povo.

INDICAÇÃO DA PROFESSORA:
Mariana Gadelha.


ESTAÇÃO CARANDIRU

368 páginas
Editora: Companhia das Letras


AUTOR: Draúzio Varella
É médico oncologista, cientista e escritor brasileiro, formado pela Universidade de São Paulo, na qual foi aprovado em 2º lugar, conhecido por popularizar a medicina no Brasil, através de programas de rádio e TV. Foi também um dos fundadores da Universidade Paulista e da Rede Objetivo, onde lecionou física e química durante muitos anos.

TEMA:
O médico Draúzio Varella relata como foi a sua experiência dentro da casa de detenção, em São Paulo, mais conhecido como Carandiru. Ele se voluntariou para realizar atendimento em saúde e prevenção da aids. São as histórias dos presos de Carandiru, que terminou com o massacre em 1992.

POR QUE LER:
A leitura deste livro faz-se necessário para conhecermos a história dos presos no presídio que já foi um dos maiores do Brasil na visão de um médico, visão essa, humanística e cheia de bons sentimentos.

PRESTE ATENÇÃO:
Nos depoimentos emocionantes que nos levam a várias reflexões sobre a vida e as pessoas, independentes de sua história, classe social, cor e raça. Compreendemos que todos nós temos o nosso caminho a trilhar, temos oportunidades, desejos e esperanças em uma vida mais digna.

INDICADO PELO ALUNO:
DANIEL MARCELINO, 2º G - turno noite.



A MORENINHA
   

136 páginas
Editora: Ática


AUTOR: JOAQUIM MANUEL DE MACEDO
Joaquim Manuel de Macedo (1820-1882) formou-se em medicina, mas não exerceu a profissão. Deu aulas de História e Geografia do Brasi no Colégio Pedro II e foi professor dos filhos da princesa Isabel. Escreveu 18 romances, dentre os quais se destaca A Moreninha (1844); O moço loiro (1845) e a Luneta Mágica (1869). Escreveu também peças de teatro e poemas. Faleceu em 11 de abril de 1882 no Rio de Janeiro.

TEMA:
Esta obra conta a história de Augusto e Carolina, que se conhecem ainda crianças em uma praia e juram amor eterno e como prova de fidelidade trocam dois breves (relicários, escapulários ou camafeus).
Anos mais tarde, Augusto que tem fama de inconstante, faz uma oposta com os amigos: se permanecer apaixonado pela mesma moça durante um mês, escreverá um romance. Ao visitar a casa da avó de um colega, conhece a irmã do rapaz, também chamada de "A Moreninha". Ela é a Carolina de sua infância, mas ele não a reconhece.
Muitos atropelos interferirão no destino dos jovens apaixonados, até que em um momento apaixonado, Carolina e Augusto descobrem que ela é a menina da praia e que Augusto é o garoto. Com o reconhecimento está aberto o caminho para o final feliz dos dois.

POR QUE LER:
Publicada em 1844, A Moreninha é um marco da nossa literatura e o primeiro romance brasileiro. Esse gênero já era conhecido do público leitor do Brasil da época, mas graças a autores estrangeiros-franceses, ingleses e portugueses, fundamentalmente.
Joaquim Manuel de Macedo é o primeiro escritor a adaptar os elementos que caracterizam o romance à realidade brasileira. O que se chama "realidade", entretanto, são os fatos vistos por uma perspectiva subjetiva e idealizada. É essa a visão de mundo romântico que vigora na primeira metade do século XIX na Europa e no decorrer de praticamente todo esse século no Brasil.

PRESTE ATENÇÃO:
A aparência de Carolina é um dos traços de "brasilidade" do romance. Morena, de cabelos negros a moça traz nas feiçoẽs a marca de sua origem e cria um contraste interessante em relação à beleza europeia das mulheres loiras e de olhos azuis. Além disso Carolina não apresenta o comportamento típico de uma dama da corte. De espirito indomável é travessa, inocente, faceira e curiosa como uma mulher.
Essa mistura de características dá um tempero nacional à primeira protagonista de um romance romântico brasileiro.

INDICAÇÃO DA PROFESSORA:
 
Mariana Gadelha.




A CIDADE DO SOL 




364 páginas
Editora: Agir

AUTOR: KHALED HOSSEINI
Nasceu na capital do Afeganistão, Cabul. A sua mãe era professora de uma escola de 2º grau para meninas em Cabul. Seu pai envolveu-se com o Ministério do Exterior Afegão.
Em 1970, Khaled Hosseini e sua família se mudam para Paris, França, por conta do novo emprego do seu pao, Eles não voltam ao Afeganistão porque,  enquanto estavam em Paris, comunistas tomaram o poder do país, por meio de um golpe cruel. Deste modo, foi consentido a família Hosseini, asílo político, nos EUA, onde passaram a residir em San José, Califórnia.
Hosseini formou-se na escola secundária em 1984 e inscreveu-se na Universidade de Santa Clara, onde ganhou o título de Bacharel em Biologia, em 1988. Após alguns anos, ele ingressou na Universidade da Califórnia, Sab Diego, escola de medicina, onde recebeu o título de doutor em medicina em 1993. Ele completou o período de residência em medicina interna na Cedars-Sinal Medical Center, em Los Angeles, no ano de 1996.
Khaled Hosseine continua praticando medicina. É casado com Roya Hosseini, e tem dois filhos, Harris e Farah.
O seu primeiro romance O Caçador de pipas dedicou-o a seus filhos e as crianças do Afeganistão. Este livro fez enorme sucesso no mundo todo, sendo transformado em filme com produção de Sam Mendes.

TEMA:
Khaled Hosseini consegue envolver seus leitores com a força das emoções humanas, com detalhes cotidianos do Afeganistão. Ele oferece um retrato da vida no país ao longo das últimas décadas. A condição sub-humana que vivem as mulheres nesse país, a submisão humilhante que enfrentam perante seus maridos e por que não dizer perante toda a população masculina.
Nesse universo de tantas guerras e violência, a vida de duas mulheres são o foco central desse romance. Marian, uma garota humilde que enfrenta desenganos desde o nascimento e Laila, uma garota que perde a família para a guerra e se vê sozinha, sendo obrigada a se casar com o marido de Marian.
O que acontecerá a elas? Este é um caso que você precisa desvendar, lendo este maravilhoso romance.

POR QUE LER:
Por ser uma obra que trata da cultura de outros povos, suas heranças, seus costumes, seu cotidiano. Há várias décadas, a questão dos refugiados afegãos vem sendo uma das crises mais sérias de todo o mundo. A guerra, a fome, a anarquia e a opressão têm forçado milhões de pessoas a abandonarem suas casas e fugirem do paíes para se instalarem em regiões vizinhas no Paquistão e no Irã. No auge desse êxodo, milhões de afegãos passaram a viver no exterior, como refugiados. Ainda hoje, há milhares deles que continuam no Paquistão.

PRESTE ATENÇÃO:
No desenrolar da trama onde cada capítulo é destinado a uma das protagonistas: Marian e Laila. Observe a vida que elas levavam antes e depois de se conheceram. O final surpreendente de Laila e o fim trágico de Marian, uma heroína que só queria ser feliz ao lado daqueles a quem amava.
Surpreenda-se com a força e a personalidade forte dessas duas mulheres que sonhavam com um lugar ao sol, na cidade do sol.

INDICAÇÃO DA PROFESSORA:
Mariana Gadelha.



O MONGE E O EXECUTIVO

143 páginas
Editora Sextante

AUTOR: JAMES C. HUNTER
Amante de futebol americano nasceu em Detroit, Michigan no dia 26 de julho de 1955.
É considerado consultor-chefe da J. D. Associados, uma empresa de consultoria na área de Recursos Humanos e Treinamento. Com mais de 20 anos de experiência, Hunter desenvolveu uma carreira como instrutor e palestrante.

TEMA: 
Este livro conta uma história de determinação e luta entre um grupo que achava que era impossível transformar as pessoas e fazer a separação de determinadas coisas como por exemplo: o que é ser um líder e o que é autoridade.
Através dessa história o autor apresenta e ensina conceitos fundamentais para melhorar nossa capacidade de liderança e o convívio com os outros, ajudando assim a nos tornar pessoas decididas e abrindo o caminho para o sucesso duradouro.

POR QUE LER:
Este livro é fascinante e tem a capacidade de transformar vidas, principalmente daqueles que lutam por um objetivo, daqueles que têm dificuldade de se comunicar com outras pessoas e não conseguem mudar sua própria vida.

PRESTE ATENÇÃO:
Nas perguntas que o autor faz as personagens, levando-as a debaterem sobre suas vidas e o sobre liderança, autoridade, amor, caráter. Eis aqui alguns de seus pensamentos:
"Todos temos que fazer escolhas a respeito de nosso comportamento, e aceitar a responsabilidade por essas escolhas."
"O caminho para autoridade e liderança começa com a vontade. A vontade são as escolhas que fazemos para aliar nossas ações às nossas intenções."
"Liderança e amor são questões ligadas ao caráter."

INDICAÇÃO DA ALUNA:
ELIANA - 1º E (tarde)



AS 14 PÉROLAS DA ÍNDIA

60 páginas
Editora: Brinque-Book

AUTOR: ILAN BRENMAN
Nasceu em Israel em 1973, tem avós russos e poloneses, pais argentinos e mora no Brasil desde 1979. É bacharel em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), mestre e doutor em Educação pela Universidade de Educação da USP e autor de vários livros infantis e juvenis, muitos premiados.
Ilan é apaixonado pela literatura infanto-juvenil e atua como escritor, palestrante, consultor, formador de professores e contador de histórias, tendo publicado 35 livros.
Esse escritor defende a importância das histórias num mundo repleto de imagens pasteurizadas e discursos politicamente corretos.

ILUSTRADOR: IONIT ZILBERMAN 
Nasceu em Tel Aviv, Israel em 1972. Veio para o Brasil aos 6 anos com os pais, mora em São Paulo. É formada em Artes Plásticas pela Fundação Armando Álvares Penteado, onde cria colagens com jornais, revistas, fotos, flores, botões, linhas, tecidos e bordados.
A vontade de fazer livros começou enquanto cursava a faculdade e, até agora, já ilustrou mais de 20 títulos para crianças. Este é o seu segundo livro publicado pela Educação Brinque-Book.

TEMA: 
Este livro nos traz 14 sábios contos sobre a cultura indiana. São histórias contadas de forma metafórica, de maneira simples, com uma linguagem coloquial bastante compreensível. A narrativa nos aproxima da sabedoria deste povo e nos faz refletir sobre os vários aspetos que permeiam nossa vida.
As 14 histórias são as seguintes: A serpente e o vaga-lume; A esperteza da morte; A sabedoria de Buda; O mestre, o aluno e o elefante; Buda e os estrangeiros; O palácio e a pousada; O espelho humano; O mendigo e o banquete real; O velho, a criança e o burro; O buscador da verdade; A chuva sagrada; A rã do poço; Mara, o deus da mentira e O caminho da felicidade.

POR QUE LER:
A antiga cultura indiana foi o berço de muitas religiões, filosofias e, principalmente, narrativas sábias. 
Neste livro nos aproximamos de uma cultura ao mesmo tempo tão distante geograficamente e tão próxima na essência humana, no íntimo de cada um, seus desejos e sonhos.
Cada conto tem uma mensagem que toca fundo nossos valores e princípios; algumas são engraçadas, mas sempre com um significado. 
É um livro com 14 histórias que refletem e falam sobre a vida e seus mistérios.

PRESTE ATENÇÃO:
Nas ilustrações de cada conto, são lindas, graciosas, fabulosas, de um primor gráfico fantástico que aguça a nossa imaginação.
Cada pedacinho do livro nos enche de alegria, paz e nos faz enveredar pelo caminho da leitura de forma tranquila e feliz.
Nas histórias que são curtas, texto fácil de ser assimilado e quando lemos somos transportados para esse país, a Índia, o berço do misticismo e da espiritualidade humana.

INDICAÇÃO DA PROFESSORA:
Amparo Rodrigues Moreira.


POLIANA MOÇA

202 páginas
Editora: Nova Fronteira/Livraria Saraiva de Bolso

AUTORA: ELEANOR H. PORTER
Eleanor H. Porter nasceu em 1868 em Litleton, Estados Unidos, e faleceu em 1920. Estudou no Conservatório de Música de Nova Inglaterra e casou-se com John Lyman Porter. Sua primeira novela, Correntes Cruzadas, foi publicada em 1907, com grande sucesso, e no ano seguinte A maré. Miss Billy e A decisão de Miss Billy, romances sentimentais, alegres e jovens, tiveram grande repercussão popular. Seus romances alcançaram grande êxito, nenhum deles conseguiu despertar tanta atenção quanto Poliana e, depois, Poliana Moça, livros que venderam milhões de exemplares no mundo todo.

TEMA:
Este livro é a continuação do famoso livro Poliana, onde relata a sua história aos 12 anos. Em Poliana Moça a protagonista cresceu e é uma adolescente encantadora, amada por todos os que com ela aprenderam o famoso "jogo do contente". Sua fama vai além dos limites de Beldingsville, a cidadezinha onde vive com a tia, e Poliana recebe um convite para passar um temporada em Boston. Lá existe uma pessoa que precisa muito dela, mas Poliana vai enfrentar vários obstáculos e verá, perplexa a indiferença das pessoas. Ao retornar para a sua cidade se apaixonará por um jovem e descobrirá a felicidade e as inquietações do amor.

POR QUE LER:
Este livro é um clássico da literatura universal. Quem leu Poliana com certeza lerá Poliana Moça, pois ficará curioso para saber as aventuras da personagem que encantou a todos com seu jeito meigo, alegre, amigo e entusiástico diante dos desafios que vai enfrentando. Poliana Moça nos traz ensinamentos valiosos nestes tempos onde o ser humano perdeu um pouco de sua capacidade de solidarizar-se com o sofrimento do outro. Sua preocupação com o outro, sua necessidade em ajudar a resolver os problemas dos amigos e até desconhecidos é comovente. 
A linguagem do livro é de compreensão fácil e envolvente, tornando assim a leitura dinâmica, ágil e prazerosa.

PRESTE ATENÇÃO:
Nos entrelaçamentos entre os personagens e o modo como Poliana encara os acontecimentos ao seu redor. 
Em como cada personagem traz uma vivência rica que nos mostra o quanto o ser humano é complexo em seus comportamentos, mas que dentro de si há uma gama de sentimentos que o torna forte, transformando a si mesmo e aos outros.
No "jogo do contente" que nos ensina a ir aproveitando a vida da melhor maneira possível, sem lamúrias ou reclamações, mas de forma objetiva e gratificante.

INDICAÇÃO DA PROFESSORA:
Amparo Rodrigues Moreira.



PAPISA JOANA

Páginas: 494
Editora: Geração Editorial


AUTORA: DONNA WOOLFOLK CROSS
Nasceu em 1947, é americana, filha de Dorothy Woolfolk, uma pioneIra na indústria americana de BD e do escritor William Woolfolk. Graduou-se com louvor, obtendo bacharelado em Inglês pela Universidade de Penilsilvânia, em 1969. Mudou-se para Londres, Inglaterra, após sua graduação e trabalhou como assistente editorial para uma pequena editora na rua Fleet, a W.H. Allen & Company. De volta aos EUA, Cross trabalhou na Young & Rubicam, uma empresa na avenida Moolison, antes de obter na UCLA um mestrado em Literatura e Redação, no ano de 1972.
Em 1973, Cross mudou-se para Syracusem Nova York e começou a lecionar no departamento de Inglês de uma faculdade norte do estado. É autora de dois livros sobre linguagem.
Resultado de sete anos de pesquisa e redação, Papisa Joana é seu 1º romance. Cross está escrevendo um novo romance, ambientado na França do século XVII.

TEMA: Este livro é sobre a única mulher da História destinada a ser papa: Joana. Ela nasceu no mesmo dia da morte do lendário Carlos Magno na aldeia de Ingelheim no ano de 814. Era a Idade das Trevas, uma época brutal, de ignorância, miséria e superstição sem precedentes. Os países europeus como os conhecemos não existiam, nem tampouco seus idiomas, mas tão-somente dialetos locais, sendo a língua culta o latim; a morte do imperador Carlos havia mergulhado o Sacro Império Romano num caos de economia falida, guerras civis e invasões por parte de viquingues e sarracenos.
A vida nesses tempos conturbados era particularmente difícil para as mulheres, que não tinham quaisquer direitos legais ou de propriedade. A lei permitia que seus maridos batessem nelas; o estupro era encarado como uma forma menor de roubo. A educação das mulheres era desencorajada, pois uma mulher letrada era considerada não apenas uma aberração, mas também um perigo.
Decidida a não se conformar com as limitações impostas ao seu sexo, Joana se disfarça de homem e ingressa num mosteiro beneditino, sob o nome de "irmão" João Ânglico. Graças a sua inteligência e determinação, ela rapidamente se destaca como erudita e médica, até que, sob a ameaça de ter seu disfarce revelado, parte para Roma, onde se torna médico do próprio papa. A partir de então, começa a ascensão de Joana rumo ao mais glorioso trono do Ocidente: porém, antes de cumprir seu destino, ela terá de superar obstáculos tremendos, como o seu amor pelo conde franco Gerold e as armadilhas do maquiavélico cardeal Anastácio, seu arquirival, enquanto luta para não se enredar na teia de intrigas, corrupção e disputas pelo maior poder religioso do mundo.

POR QUE LER:
Este livro conta a história surpreendente da papisa Joana, um dos personagens mais fascinantes de todos os tempos, e um dos menos conhecidos.
Embora hoje negue a existência dela e de seu papado, a Igreja Católica reconheceu ambos como verdadeiros durante a Idade Média e a Renascença. 
Foi apenas a partir do século XVII, sob crescente ataque do protestantismo incipiente, que o Vaticano deu início a um esforço orquestrado para destruir os embaraçosos registros históricos sobre a mulher papa. 
O desaparecimento quase absoluto de Joana na consciência moderna atesta a  eficácia de tais medidas.
Portanto, é importante ler esse livro para entendermos uma parte da história que nos foi ocultada por preconceitos e discriminação à mulher.

PRESTE ATENÇÃO:
No relato comovente de Joana desde o seu nascimento até a sua morte. Sua relação com seu pai, um homem autoritário e cheio de dogmas; com sua mãe, uma mulher oprimida por sua condição, mas afetiva, carinhosa e protetora e com seus irmãos, Mateus e João, pessoas que de certa forma abriu-lhes caminhos para ser quem ela se tornaria.
Na linguagem clara, envolvente e que nos faz ler sem parar, pois apesar de ser uma história baseada em fatos reais, não é um estudo histórico, com palavras difíceis e sim é uma obra de ficção, um romance digno de um filme, onde torcemos a cada capítulo, nos emocionamos com a jornada de Joana. Vale a pena lê-lo!

INDICAÇÃO DA PROFESSORA:
Amparo Rodrigues Moreira.




                                                          VIDAS SECAS


Número de páginas: 155
Editora: Record

AUTOR: Graciliano Ramos
Graciliano Ramos nasceu em 27 de outubro de 1892 em Quebrângulo, Alagoas, filho primogênito dos dezesseis que teriam seus pais, Sebastião Ramos de Oliveira e  Maria Amélia Ferro Ramos. Viveu sua infância nas cidades de Viçosa, Palmeira dos Índios (AL) e Biúque (PE), sob o regime das secas e das surras que lhe eram aplicadas por seu pai, o que o fez alimentar, desde cedo, a ideia de que todas as relações humanas são regidas pela violência. Em 1927, é eleito prefeito da cidade de Palmeira dos Índios, cargo no qual é empossado em 1928. O ano de 1933 marca o lançamento de seu primeiro livro, "Caetés", que já trazia consigo o pessimismo que marcou sua obra. Em 1934, publica uma de suas obras-primas, "São Bernardo". Acusado de subversão comunista em 1936, fica preso por 11 meses no Rio de Janeiro, experiência que narra em "Memórias do Cárcere". Graciliano é autor de muitas outras obras importantíssimas na literatura brasileira. Falece em 20 de março de 1953.

TEMA:
O livro "Vidas Secas" aborda a dura realidade dos habitantes do Sertão Nordestino, onde a seca transforma a terra, a vida vegetal e animal e destrói os sonhos do bravo sertanejo que se lança por outras terras em busca da sobrevivência.

POR QUE LER:
Por ser uma obra que permanece atual, mesmo depois de tantas décadas passadas desde o seu lançamento. Na sua trama "Vidas Secas" retrata a ganância dos patrões inescrupulosos e a desgraçada sina do homem do campo, este sobrevivente da seca que alimenta um único ideal: sobreviver com dignidade. Denunciar os conflitos sociais faz parte da veia crítica do grande Graciliano Ramos e isto, ele consegue com proficiência, utilizando uma linguagem simples e cercada de regionalismo.  

PRESTE ATENÇÃO:
"Vidas Secas" é uma história que nasceu de um conto chamado "Baleia." Esta é também a única obra de Graciliano Ramos escrita em 3ª pessoa. E é utilizando essa técnica que este escritor alagoano descreve o retrato fiel e real do sertão nordestino e do seu sofrido habitante: o bravo e incansável sertanejo.

INDICADO PELA PROFESSORA:
Mariana Gadelha.




INCIDENTE EM ANTARES

Número de páginas: 489
Editora: Companhia de Bolso

AUTOR: ÉRICO VERÍSSIMO
Érico Veríssimo nasceu em Cruz Alta (R.S), em 1905, e faleceu em Porto Alegre, em 1975. Na juventude, foi bancário e sócio de uma farmácia. Em 1931 casou-se com Mafalda Halfen Von Volpe, com quem teve os filhos Clarissa e Luis Fernando, este tornando-se escritor de grande sucesso no Brasil.
A década de 30 marca a ascensão literária do escritor. Em 1932 ele publica o primeiro livro de contos: Fantoches, e em 1933 o primeiro romance, Clarissa, inaugurando um grupo de personagens que acompanharia boa parte de sua obra. Em 1938, tem o seu primeiro grande sucesso: Olhai os Lírios do Campo. Este livro confirma o reconhecimento de Érico Veríssimo no país inteiro e em seguida internacionalmente. Veríssimo escreveu ainda: O Tempo e o Vento, O Senhor Embaixador, O Prisioneiro, Caminhos cruzados, Música ao Longe, Um Certo Capitão Rodrigo, Ana Terra, mais de dez livros infantis e muitas outras obras. 
Érico Veríssimo morreu em 1975.

TEMA:
Em Incidente em Antares o autor mostra os conflitos, perseguições e injustiças vividas pela sociedade de Antares em plena ditadura militar.
De forma bem humorada e alegórica Érico Veríssimo descreve um incidente que acontece em pela sexta-feira 13, quando sete mortos são impedidos de serem enterrados por causa de uma greve geral. Os cadáveres saem de seus caixões e reivindicam o direito do descanso eterno e fazem parte deste episódio: uma rica dama da sociedade, uma prostituta, um sapateiro, um bêbado, um pianista, um advogado e um preso que morreu após ter sido torturado em uma delegacia.
Nesta obra de Veríssimo, os defuntos retornam ao convívio dos seus familiares atormentando-os e fazendo confissões que envolvem pessoas importantes da cidade, causando um certo mal-estar, um grande reboliço e alvoroço na pequena cidade de Antares, no Rio Grande do Sul.

POR QUE LER:
Além de apresentar uma visão crítica e profunda da sociedade brasileira, esta obr nos aproxima da real situação em que se encontrava o Brasil na época da ditadura militar, uma época em que centenas de brasileiros eram vítimas da opressão dos poderosos que estavam no poder. Estudantes, professores, profissionais liberais, artistas e integrantes da imprensa e da arte em geral sofriam uma rígida censura e eram obrigados a calar a voz, perdendo o direito de greve e o direito de lutar pela liberdade. Neste momento vergonhoso da história do Brasil quem não acatava as imposições dos opressores era exilado, torturado, mutilado e silenciado para sempre.
Através de seu olhar reflexivo, Veríssimo dá o seu testemunho sobre o seu tempo e uma grande contribuição para a literatura brasileira.

PRESTE ATENÇÃO:
A veia humanística de Veríssimo abriu importantes caminhos para que outros autores se aventurassem na exploração das angústias e dos conflitos vividos pelo homem em um mundo em crise.
Para Érico Veríssimo a reflexão sobre a relação entre o indivíduo e a sociedade interessam mais do que os costumes particulares, o comportamento coletivo, as características próprias de uma determinada região, para ele, o ser humano tem sempre importância maior.

INDICAÇÃO DA PROFESSORA:
Maria Gadelha.






TIA JÚLIA E O ESCREVINHADOR
Número de páginas: 359
Editora: Objetiva


AUTOR: Mario Vargas Llosa
Jornalista, dramaturgo, ensaísta e crítico literário, Mario Vargas Llosa é um dos mais conhecidos e prestigiados escritores da atualidade. Nascido em Arequipa, no Peru, em 1936, viveu em Paris na década de 1960 e lecionou em diversas universidades norte-americanas e europeias ao longo dos anos. Numa incursão ao mundo da política, candidatou-se à presidência do Peru em 1990, perdendo a eleição para Alberto Fujimori.
Autor de uma extensa obra literária, foi vencedor dos prestigiosos prêmios Cervantes, Príncipe de Astúrias, PEN/Nabokov e Grinzane Cavour.
O autor divide seu tempo atualmente entre Londres, Paris, Madri e Lima. Dele, o selo Alfaguara publicou Travessuras da menina má, Pantaleão e as visitadoras e A cidade e os cachorros.

TEMA:
Varguitas é um jovem de 18 anos que, vivendo com os avós numa pacata Lima dos anos 1950, nutre o sonho de, algum dia, se tornar um escritor de sucesso. Entre um e outro intervalo em seu trabalho - que consiste em preparar boletins noticiosos numa rádio popular da cidade -, consegue ensaiar os primeiros passos na literatura, compondo contos nem sempre bem-sucedidos.
Dois acontecimentos, no entanto, mudarão os rumos de sua vida. No trabalho, ele encontra Pedro Camacho, um recluso e excêntrico cinquentão boliviano, autor de radionovelas de sucesso, e com quem manterá uma insólita relação de amizade. E, em casa, ele conhece tia Júlia, uma mulher com quase o dobro de sua idade que, após se divorciar na Bolívia, decide passar uma temporada em Lima para, quem sabe, encontrar um bom partido.
Em pouco tempo, as rocambolescas novelas de Pedro Camacho conquistarão os ouvintes peruanos, criando polêmicas imprevisíveis. E, simultaneamente, Varguitas se apaixonará por sua tia, numa relação amorosa condenada pela família.

POR QUE LER:
Tia Júlia e o escrevinhador é um dos livros mais originais de Vargas Llosa. Mesclando humor e romance, com um forte fundo autobiográfico, o autor mostra porque é tão aclamado. Ele usa uma linguagem simples e acessível aos leitores.
Com muito humor, Vargas Llosa intercala as histórias de amores e confusões. compondo um livro inesquecível, clássico da literatura contemporânea desde sua publicação, em 1977.

PRESTE ATENÇÃO:
Nas alternâncias da história que se cruzam, se complementam num ritmo cadenciado pelo humor e as aventuras do jovem Varguitas com as radionovelas de Pedro Camacho. 
É um romance super divertido onde os personagens são incríveis mostrando-se de forma sincera, espontânea e verdadeira, com emoções que nos fazem rir e chorar, pode-se dizer que a realidade se mistura à ficção.

INDICAÇÃO DA PROFESSORA:
Amparo Rodrigues Moreira.


O ÚLTIMO VOO DO FLAMINGO


Número de páginas: 225
Editora: Companhia ds Letras

AUTOR: MIA COUTO
Nasceu na Beira, em Moçambique, em 1955. Estudou medicina antes de se formar em biologia. Atualmente dedica-se a estudos de impacto ambiental. Em 1999, recebeu o prêmio Vergílio Ferreira pelo conjunto de sua obra; em 2007, o prêmio União Latina de Literaturas Românicas. 
Seu romance Terra Sonâmbula foi considerado um dos dez melhores livros africanos do século XX. Além deste, a Companhia das Letras publicou: O outro pé da sereia; A varanda do frangipani; Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra; Venenos de Deus, remédios do diabo; O fio das missangas; Antes de nascer o mundo e o infantil O gato e o escuro.

TEMA:
Apesar de falar e entender português com razoável sucesso, o italiano Massimo Risi descobre que seus rudimentos da língua local são insuficientes para compreender a realidade de Tizangara. Ao chegar ali para investigar uma série de mortes de soldados das forças de paz, o representante da ONU é enredado nas misteriosas histórias dos moradores e nas tortuosas relações políticas locais.
O administrador Estevão Jonas designa um tradutor oficial para acompanhar o italiano. Guiado pelo tradutor de Tizangara, que narra o romance, o estrangeiro dá início às suas investigações sobre os soldados que explodiram inexplicavelmente. Dos militares restam poucos vestígios: apenas suas boinas azuis e seus órgão sexuais, um deles encontrado em plena rua.
Os depoimentos dos personagens são enigmáticos e contraditórios. É por meio das inúmeras vozes dos habitantes da vila que o representante da ONU vai compor o mosaico de lembranças e vivências que guardam a chave para solucionar o mistério dessas mortes. São histórias de vida de personagens fascinantes como Temporina, uma mulher de corpo exuberante com feições de anciã, a prostituta Ana Deusqueira e o pescador Sulplício, pai do tradutor de Tizangara.
O momento histórico é conturbado em Moçambique: antigos ativistas de esquerda agora estão no comando e empreendem um jogo de poder pautado pelo favorecimento e pela indiferença ao povo africano. Nessa Tizangara imaginária, entrem em confronto forças que se opõem: tradição e modernidade, informação e sabedoria rito e destruição, ciência e feitiçaria.

POR QUE LER:
Mia Couto é um escritor que cada vez se destaca mais no cenário da literatura contemporânea. Nesse livro, ele elabora uma crítica ácida aos semeadores da guerra e da miséria, mas também uma história em que poesia e esperança dependem da capacidade narrativa de contar a própria história com vozes africanas autênticas. Só elas sabem que o flamingo faz o sol voltar a brilhar depois de um período de trevas e opressão.
É uma história surreal, mas nos aproxima da essência do ser humano. Tudo parece inverosímel, mas ao mesmo tempo bastante real e nos transportamos para aquela cidade, aquele contexto cheio de personagens fabulosos.


PRESTE ATENÇÃO:
Na forma de escrever de Mia Couto, pois ele inventa palavras nos fazendo lembrar de nosso escritor Guimarães Rosa em seu emblemático livro Grande Sertão: Veredas, que nos brinda com personagens como Riobaldo e Diadorim. 
Percebe-se claramente a forte influência que esse escritor exerce em Mia Couto. O último voo do flamingo, apesar da história ser totalmente fora da realidade, é escrita quase em forma de poesia, pois as palavras e as expressões soam bonitas e as vezes até engraçadas. 
No decorrer da história os provérbios ditos nos fazem pensar na existência humana, por exemplo, "o burro, na companhia do leão, já não cumprimenta o cavalo" ou "quanto mais um lugar é pequenito, maior é o tamanho da obediência".

INDICAÇÃO DA PROFESSORA:
Amparo Rodrigues Moreira.




A ESPADA E O NOVELO

Número de páginas: 238
Editora: Comboia de Corda

AUTOR: Dionísio Jacob
Nasceu em 1951, em São Paulo, onde cresceu em um ambiente literário, pois seus pais foram pioneiros da teledramaturgia brasileira. Sua formação artística não se restringe apenas ao âmbito das letras, mas formou-se também em artes plásticas.
Fundou, juntamente com amigos, o grupo teatral Pod Minoga. Foi professor de artes, criando em 1980 a escola de arte Casa do Sol e escreveu vários roteiros para programas de tevê.
Algumas obras publicadas: O príncipe, a princesa, o dragão e o mágico; A fenda do tempo e a flauta mágica.

TEMA:
A história se passa em uma ilha perdida no mar Mediterrâneo, onde o velho Laodemo, às vésperas de sua morte, reúne uma plateia ávida para narrar as façanhas de gente da estirpe de Jasão, Héracles e Teseu.

POR QUE LER:
Você, como os ouvintes de Laodemo, precisa viajar também nesta aventura, pois da boca do narrador falam os deuses e o mundo volta a ser habitado por ninfas, centauros e monstros de toda espécie.

PRESTE ATENÇÃO:
A Espada e o Novelo é um livro muito interessante, capaz de prender a atenção dos leitores, desde o início até o fim.
Fique atento aos ensinamentos que estas aventuras nos trazem. Embarque nesta viagem e aproveite para ampliar os seus conhecimentos e divertir-se no mundo mágico, maravilhoso e envolvente que só os deuses e os grandes escritores podem nos proporcionar.

INDICAÇÃO DA PROFESSORA:
Carmen Moreira, do Centro de Multimeios.





EU, Christiane F., 13 anos, drogada, prostituída...
Número de páginas: 320
Editora: Bertrand Brasil


AUTORES: 
Kai Hermann, jornalista e escritor nasceu em Hamburgo, na Alemanha em 1938. Colaborou para diversas revistas e jornais. 

Horst Rieck, jornalista e escritor nasceu em Berlim na Alemanha, em 1945.


TEMA: 
Christiane Vera Felscherinow, mais conhecida como Christiane F. nasceu em Hamburgo, na Alemanha, em 20 de maio de 1962. Ficou famosa ao dar o depoimento de sua vida aos jornalistas Kai Hermann e Horst Rieck, que na ocasião de seu julgamento por uso de drogas, preparavam uma grande matéria sobre a juventude alemã. 
Então, o tema desse famoso livro, é a vida de Christiane, sua experiência com as drogas, como ela teve contato, o que faz sua família, sua vida com os amigos também viciados em heroína.

POR QUE LER:
Este livro é mais que um simples depoimento de Christiane F. É uma grande história que revela a situação de uma parte da juventude viciada em heroína na Alemanha dos anos 70/80. 
Christiane F. quis que este livro viesse a público como quase todos os viciados em drogas que desejavam romper o silêncio opressivo que cerca a questão dos tóxicos entre os adolescentes.
É importante lê-lo porque continua atual com um tema que ainda se exige atenção das famílias, adolescentes e autoridades da sociedade em que vivemos.

PRESTE ATENÇÃO:
No depoimento da mãe de Christiane F. sobre o comportamento de sua filha Christiane. É surpreendente! "Como não percebi o que estava acontecendo com minha filha Christiane?"
E continua: "Eu me fiz essa pergunta diversas vezes. Talvez a resposta fosse simples, mas tive que conversar com outros pais para aceitá-la. Não queria reconhecer de forma alguma que Christiane se transformara numa viciada em drogas. Enquanto pude, fechei os olhos para não enxergar!"

INDICACÃO DA ALUNA:
Bárbara da Silva Felicio - 2º E - Tarde.




MINHA VIDA COM BORIS, a comovente história do cão que mudou a vida de sua dona e do Brasil
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Páginas: 142
Editora: Globo Livros
AUTORES:
THAYS MARTINEZ: nasceu em São Paulo em janeiro de 1974. Formada em direito pela Universidade de São Paulo, com especialização em direito penal e interesses transindividuais, foi conselheira de Direitos das Pessoas com Deficiência da OAB. Fundadora do Iris (Instituto de Responsabilidade e Inclusão Social), é palestrante na área e direito e autora do blog www.eueeles.com.br.

BORIS (16/10/1998 - 24/10/2009): nasceu em Rochester, no Estado do Michigan. Labrador amarelo, com suspeitas fortíssimas de uma mistura com golden retriever, passou boa parte de sua infância em uma escola infantil para humanos, o que viria a justificar sua paixão por crianças, bem com certas excentricidades, como gostar de dormir coberto e com travesseiro. Depois, estudou em escolas de primeira linha, como a tradicional Leader Dogs for the Blind, o que acabou lhe propiciando o convite para trabalhar no Brasil. Tinha por hobby tirar tampas de garrafas e gostava de correr e de beber água de coco. Sua única superstição era, a cada refeição, deixar um grão de ração em sua vasilha.

TEMA:
Este livro narra as aventuras de Thays Martinez que viveu com seu primeiro cão-guia nos dez anos em que estiveram juntos - desde as dificuldades no treinamento, a primeira viagem de avião, a popularidade após o incidente no metrô, as amizades que criaram, as situações engraçadas, até o triste momento da despedida -, fazendo deste relato uma obra ao mesmo tempo terna e combativa, comovente e inspiradora.
Mais do que guiar Thays para sua independência e autonomia, Boris a inspirou a realizar seus sonhos, além de abrir caminho para a inclusão social de pessoas com deficiência visual em todo o Brasil.

POR QUE LER:
Este livro vai muito além da narrativa de um triunfo da cidadania. No vibrante resgate de suas memórias, Thays aborda, sobretudo, sua profunda amizade com Boris, uma conexão baseada em confiança e cumplicidade que deixa como legado uma comovente história de afeto para além da vida. 
A leitura desse livro é um convite a termos um outro olhar sobre as pessoas com deficiência visual, conscientizando-nos de que são pessoas fortes, com sonhos, capazes de ter seu lugar no mercado de trabalho como qualquer um de nós e que muito temos a aprendermos com ela sobre convivência, amizade, superação e amor.

PRESTE ATENÇÃO:
Na linguagem simples e agradável de relatar os fatos ocorridos de forma cronológica, sempre com emoção, despertando a curiosidade e interesse na leitura.
Na incrível capacidade de descrever detalhes sobre o cão-guia, suas peripécias e sua brilhante função, parecendo muitas vezes mis atento e focado do que uma pessoa.

INDICAÇÃO DA PROFESSORA:
Amparo Rodrigues Moreira.

Cinzas do Norte
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Número de páginas: 311
Editora: Companhia das Letras

AUTOR: MILTON HATOUM
Nascido em Manaus em 1952, Milton Hatoum ensinou literatura na Universidade do Aamazonas e na Universidade da Califórnia em Berkeley. Estreou em 1989 com o romance Retrato de um certo Oriente, seguido de Dois Irmãos (2000), ambos ganhadores do prêmio Jabuti e publicados em diversos países. Em 2006, Cinzas do Norte venceu o Jabuti de livro do ano de ficção.

TEMA:
Cinzas do Norte, terceiro livro de Milton Hatoum, é o relato de uma longa revolta e do esforço de compreendê-la. A revolta cabe a Raimundo , rebento raivoso de uma família cindida ao meio e cuja vocação artística colide com os planos do pai; a tentativa de compreensão recai sobre Olavo, órfão industrioso que sobe na vida - se esse é o termo - a sombra imperial de Trajano Mattoso, pai de Mundo, comerciante rico, amigo de militares.
O centro simbólico do livro não está, contudo, na Manaus do pós-guerra que vive os últimos dias da boa-vida extrativista e boa parte da ação se dá, mas rio abaixo, em Vila Amazônia, palacete junto a Parintins, sede de uma plantação de juta e pesadelo máximo de Mundo. Em sua luta renhida por escapar às ambições dinásticas do pai, Mundo distancia-se o quanto pode desse ponto-morto do romance, puxando o fio do enredo para o Rio de Janeiro, a Berlim e a Londres efervescentes da década de 1970.
Advogado medíocre na cidade natal que o regime militar precipita em destruição vertiginosa, Lavo acompanha à distância os passos do amigo, recolhendo os reflexos do baile - para citar um outro romance sobre os mesmos anos - que o "primo" artista lhe manda.

POR QUE LER:
É um livro denso, cheio de histórias que se cruzam e nos aguçam a curiosidade de ir até o fim, descobrir o que seus personagens sabem e sentem em seu mais profundo ser.
São dramas psicológicos e existenciais que acompanham a narrativa do começo ao fim. Personagens amargurados, angustiados, cheios de segredos, mas dotados de sentimentos de amor e afeto.

PRESTE ATENÇÃO:
O autor, Milton Hatoum, intercala a narrativa com assuntos familiares e a própria história do Brasil, nos permite visualizar o que se passa naquele período no Brasil. É um romance que vai delineando fatos e acontecimentos que marcaram toda uma geração. O resultado é um belo romance, amargo e maduro.

Indicado pela professora:
Amparo Rodrigues Moreira.

AS CRONICAS MARCIANAS
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Número de páginas: 298
Editora: Globo

AUTOR: RAY DOUGLAS BRADBURY
Nasceu em Waukegan, Illinois, Estados Unidos, em  22 de agosto de 1920 e faleceu em Los Angeles, a 6 de junho de 2012. Foi um escritor americano que atuou como romancista e contista primeiramente de ficção-científica e fantasia.
Ele é mais conhecido por seu trabalho mais famoso, Fahrenheit 451, de 1953, uma das mais renomadas obras de ficção do século XX, uma das estórias consideradas precursoras do gênero de distopia/ficção especulativa. Outras de suas obras famosas incluem Crônicas Marcianas (1950) e The Illustrated Man (1951). Muitas de suas obras foram adaptadas ao longo de sua carreira, tanto para o cinema, quanto para a televisão e para a mídia de banda desenhada/quadrinhos.
Os primeiros rascunhos e manuscritos de contos e estórias desenvolvidas pelo autor datam de 1931, quando este tinha cerca de onze anos de idade. Leitor voraz desde cedo, Bradbury sempre creditou nomes como Edgar Allan PoeEdgar Rice Burroughs e Júlio Verne como suas primordiais influências.
Atuando como roteirista desde 1953, recebeu o Oscar em 1956 pelo roteiro de Moby Dick, filme estrelado por Gregory Peck e dirigido por John Huston. 
De 1985 a 1992 Bradbury apresentou uma série de TVThe Ray Bradbury Theater, para a qual adaptou 65 de suas histórias. Cada episódio começa com uma tomada de Bradbury em sua sala, narrando momentos de sua vida que lhe deram ideias para as histórias.
As Crônicas Marcianas se tornaram uma minissérie de TV em três partes, estrelando Rock Hudson, apresentada pela primeira vez pela NBC em 1980.

TEMA:
O livro As crônicas marcianas narra histórias da colonização humana num planeta vermelho que ganha novas cores, graças à uma narrativa vibrante, bem-humorada, com toques de sarcasmo e absurdo.

POR QUE LER:
Este livro foi publicado nos anos cinquenta, antes mesmo que o homem realizasse as missões estripuladas à Lua. O mesmo se passa num futuro retrô, de 1999 a 2026, fixando-se num planeta estranho, sobrepujando os seres fantásticos que o povoavam, os terráqueos vão a Marte em busca de emprego, de novos recursos, de uma simples razão para continuar existindo. Não há indícios daquelas criaturas assombrosas, dizimadas após sucessivas missões de colonização.
O que se vê agora é o dia-a-dia num planeta estranho , mas não mais estranho que o nosso. Os dramas familiares, problemas sociais e o choque de culturas são transformados numa epopeia espacial que vai muito além dos limites da ficção-científica.
Por isso e muito mais é que vale a pena ler este clássico norte-americano que inspirou dezenas de filmes e se tornou um marco da literatura fantástica.

PRESTE ATENÇÃO:
Publicadas originalmente em revistas de pulp fiction, no final dos anos 1950, nos Estados Unidos, 'As crônicas marcianas' foram reunidas num livro por seu autor, no início dos anos 1960, e interligadas por pequenas costuras narrativas. 
As crônicas acabaram formando emocionante panorama imaginário da chegada do homem a Marte e da colonização do planeta pela espécie humana. Livro que pode ser visto como um romance fragmentado ou uma sequência conceitual de contos. Ambientada num período que vai de 1999 a 2026, 'As crônicas marcianas' retratam uma epopeia espacial que vai muito além da ficção científica.
Em suas 26 narrativas, o autor se depara com o cotidiano de um planeta estranho - mas não mais estranho que o nosso -, com a adaptação do homem em Marte e com o choque cultural entre terráqueos e marcianos. Não há pistolas laser, discos voadores e homens verdes com anteninhas na cabeça. 
O olhar original de Bradbury focaliza donas-de-casa marcianas que bebem 'fogo elétrico', colonizadores terráqueos que recebem comida congelada de 'icebergs voadores' e um jardineiro que planta árvores em Marte, para inundar de oxigênio a atmosfera rarefeita. Com bom humor, romantismo, suspense e um futurismo retrô, o autor lança afiada crítica à sociedade americana pós-guerra, crítica essa que permanece atual e necessária.

INDICADO PELA PROFESSORA:
Amparo Rodrigues Moreira.




O ALBATROZ AZUL

O ALBATROZ AZUL

Número de páginas: 236
Editora: Nova Fronteira

AUTOR: JOÃO UBALDO RIBEIRO
Nasceu em Itaparica, Bahia em 23 de janeiro de 1941 e faleceu no Rio de Janeiro, no dia 18 de julho de 2014. Foi um escritorjornalista, cronista, roteirista e professor brasileiro, formado em direito e membro da Academia Brasileira de Letras
Foi ganhador do Prêmio Camões de 2008, maior premiação para autores de língua portuguesa. João Ubaldo Ribeiro teve algumas obras adaptadas para a televisão e para o cinema, além de ter sido distinguido em outros países, como a Alemanha. 
É autor de romances como Sargento GetúlioO Sorriso do LagartoA Casa dos Budas Ditosos, que causou polêmica e ficou proibido em alguns estabelecimentos, e Viva o Povo Brasileiro, tendo sido, esse último, destacado como samba-enredo pela escola de samba Império da Tijuca, no Carnaval de 1987.
estilo literário de João Ubaldo Ribeiro é basicamente traçado pela ironia e pelo contexto social do Brasil, abrangendo também cultura portuguesa e cultura africana


TEMA: 
Vida, morte, renovação. Temas universais que são o eixo em torno do qual se desenrola a trama simples deste belo romance. É a história de um homem muito velho que, apesar de detentor da sabedoria trazida por todos os seus anos de existência, ainda busca apreender algum sentido na vida. Um romance magnífico, destinado a incorporar-se ao melhor patrimônio literário de nossa língua, um momento de rara beleza, daqueles cuja mágica se abre ao leitor desde a primeira página.


POR QUE LER:
A leitura deste livro nos remete a reflexões e questionamentos que fazem parte da trajetória humana. Tertuliano, o protagonista, sabe que sua morte está próxima e a encara com a máxima serenidade com que vê qualquer outro acontecimento natural. Chega mesmo, levado pelo que julga ser uma avaliação correta, a ansiar por ela, como um momento de justiça, recompensa pelos males sofridos e, de certa forma, renascimento.

Apesar do tema ser espinhoso, pois vida e morte, são temas poucos discutidos e divulgados em nosso dia-a-dia, o autor tem uma narrativa leve, as vezes até divertida e bem-humorada. 

Com O albatroz azul, João Ubaldo Ribeiro, um dos maiores escritores brasileiros , nos entrega um romance à altura de sua obra consagrada. 


PRESTE ATENÇÃO:
Em como o romance ganha força durante a leitura. A cada capítulo acompanhando o protagonista e sua história é despertada a curiosidade pelo desfecho da narrativa.
Não somente o protagonista, Tertuliano, mas os todos os outros personagens são vívidos, alguns com uma linguagem própria de sabedoria que reconhecemos em leituras que nos transmitem uma mensagem de vida e consequentemente trazem histórias super interessantes.

INDICADO PELA PROFESSORA:
Amparo Rodrigues Moreira.




A DROGA DA OBEDIÊNCIA
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Número de páginas: 190
Editora: Moderna


AUTOR: PEDRO BANDEIRA
Nasceu em Santos em 1942 e mudou-se para São Paulo em 1961. Cursou Ciências Sociais e desenvolveu diversas atividades, do teatro à publicidade e ao jornalismo. A partir de 1972, começou a publicar pequenas histórias para crianças em publicações de banca, até, desde 1983, passou a dedicar-se totalmente à literatura para crianças e adolescentes. É casado, tem três filhos e uma porção de netinhos.


TEMA: 
Como o próprio autor relata o livro A Droga da Obediência foi escrito em 1983 inspirado por uma brutal dor de cabeça chamada cefaleia de Horton. Certa madrugada, ele acordou com uma crise violenta e, enquanto lágrimas de dor deslizavam pela sua face, ficou pensando como era injusto aquele sofrimento: a injeção que fazia cessar imediatamente as crises deixaria de ser fabricada pelo laboratório farmacêutico! E ali estava ele, sofrendo e chorando, porque alguém lá da tal indústria, por interesses comerciais ou de qualquer outra ordem que fosse determinara que ele sofresse e chorasse!
Pedro Bandeira ficou pensando que há várias maneiras de exercer o poder: um laboratório que é capaz de controlar a duração e a intensidade das dores humanas é mais poderoso que um exército!
Então, assim nasceu esse fabuloso livro: conta a história de cinco amigos, estudantes que se reunem para "resolver" os problemas que vão surgindo em sua frente, são os Karas: Miguel, Crânio, Calu, Magrí e Chumbinho!
E eles vão se deparar com o mistério de alunos desaparecidos e juntamente com o detetive Andrade, vão aos poucos descobrindo quem está por trás de todos os desaparecimentos e até morte de alguns alunos. 
Tudo gira em torno da droga da obediência, uma droga idealizada pela mente doentia do Dr. Q.I.

POR QUE LER:
Pedro Bandeira é um dos autores infanto-juvenis mais prestigiados da nossa literatura e esse livro nos traz reflexões importantes sobre a autonomia e liberdade humanas. 
O autor nos diz em comovente testemunho: A Droga da Obediência - "uma metáfora que protestava contra a ditadura militar na qual eu vivi toda a minha vida de jovem adulto. O golpe militar ocorreu quando eu acabara de fazer 22 anos e só iria terminar em 1985, depois que eu tivesse 43 anos".
Portanto, é um livro que nos toca fundo e nos remete a questionamentos importantes e nos proporciona entrar em contato com personagens jovens, inteligentes, bem-humorados e cheios de vida. 

PRESTE ATENÇÃO:
O livro é dividido em trinta capítulos e só paramos a leitura no último, pois cada capítulo desperta-nos a curiosidade de saber o final dessa história surpreendente. 
É uma leitura agradável e cheia de diálogos interessantes que nos conduz a uma intimidade com cada personagem e a certeza que vale a pena a aventura, o entusiasmo pela vida e a crença em valores como a amizade e o companheirismo que os Karas nos proporcionam.

INDICADO PELA PROFESSORA:
Amparo Rodrigues Moreira.



QUASE MEMÓRIA

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Número de páginas: 239
Editora: Objetiva


AUTOR: CARLOS HEITOR CONY
Nasceu no Rio de janeiro, e estudou Humanidades e Filosofia. É um dos nomes consagrados da literatura brasileira contemporânea. Além de romancista, é jornalista, autor de livros de crônicas, ensaios biográficos e adaptações de clássicos universais. Em sua vasta obra literária, destacam-se os romances Quase memória, A casa do poeta trágico, Balé branco, Pilatos e a recente farsa O adiantado da hora.
O talento do escritor rendeu-lhe inúmeros prêmios ao longo dos anos: quatro vezes o Prêmio Jabuti; duas vezes o de Livro do Ano (1996 e 1998), concedido pela Câmara Brasileira do Livro; o Prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras, pelo conjunto de sua obra, e o Prêmio Nacional Nestlé de Literatura, em 1997.
Foi condecorado com a Ordem das Artes e das Letras pelo governo francês, no Salão do Livro, em Paris, em 1998. Colunista diário da Folha de São Paulo e autor de crônicas publicadas em diversos jornais do país, Cony é também comentarista da rádio CBN. Desde 2000, integra a Academia Brasileira de Letras.

TEMA:
Tendo o Rio de Janeiro das décadas de 40 e 50 como cenário, a história começa quando o autor recebe da recepção de um hotel, cujo restaurante costuma frequentar, um embrulho sem remetente. A primeira reação é achar que se trata do original de um livro, como muitos que costumam parar em suas mãos.
Mas logo os detalhes o surpreendem: a letra do envelope é a do pai morto há dez anos, assim como o nó no barbante e ador da tinta da caneta. Inconfundíveis.
Aquele objeto inesperado, desencadeia em Carlos Heitor Cony lembranças do pai (Ernesto, jornalista, como o filho viria a ser) e dos tempos de menino.

POR QUE LER:
Ponto alto na produção literária brasileira nas últimas décadas, Quase Memória é um romance antológico. Ele explora o território entre a ficção e a memória. 
Este livro é mais do que um registro sensível das reminiscências do autor sobre o pai morto. Nele, Carlos Heitor Cony mapeia minuciosamente a relação pai e filho: os sentimentos contraditórios, as alegrias e tristezas que não se esquecem, o afeto incondicional e, acima de tudo, a cumplicidade. 
Ao ativar, a memória do autor, o misterioso envelope traz de volta sensações e sentimentos experimentados com o pai, como o cheiro de manga, a capacidade de sonhar, de viver a vida com entusiasmo, a alegria pura da infância, que transforma o ato paterno de soltar balões em algo de proporções heroicas. 
Com grande sensibilidade e contundência, Cony revisita também os sentimentos contraditórios da relação entre pais e filhos: aqueles momentos em que se alternam vergonha e orgulho, medo e respeito.

PRESTE ATENÇÃO:
Esta é uma história que se impõe pela emoção. Romance de um autor maduro, seguro de sua voz narrativa.
Esse livro foi lançado originalmente em 1995, marcou a volta de Cony á ficção, depois de mais de vinte anos afastado da literatura. 
E o fez de forma consagradora. A obra ganhou, em 1996, os prêmios Jabuti de Melhor Romance e de Livro do Ano, pela Câmara Brasileira do Livro.
Por tudo isso e muito mais, é que vale a pena ler esse livro, que será adaptado em breve em minissérie pela TV Globo.

INDICADO pela professora:
Amparo Rodrigues Moreira.



ONDE AS ÁRVORES CANTAM
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Número de páginas: 381
Editora: Comboio de Corda

AUTORA: LAURA GALLEGO GARCÍA
Nasceu na cidade de Quart de Poblet, Valência, Espanha, em 11 de outubro de 1977, e estudou Filosofia Hispânica. 
Atualmente, divide seu tempo entre a criação literária e a elaboração de uma tese sobre novelas de cavalaria.
Em 1998, venceu o Prêmio Barco a Vapor (Espanha) com o romance Finis Mundi, publicado no Brasil em 2004. Em 2002, repetir a façanha, ganhando pela segunda vez o prêmio com La Leyenda del Rey Errante. Depois disso, publicou diversos livros, entre eles, El coleccionista de relojes extraordinários, Crónicas de la Torre, Las hijas de Tara e a trilogia Memorias de Idhún.
Várias de suas obras foram traduzidas para o alemão, o inglês, o português e o italiano.

TEMA:
Filha única do duque de Rocagris, Viana é noiva do jovem Róbian de Castelmar. Prometidos um ao outro desde a infância, eles se casarão na próxima primavera. Contudo, durante os festejos do solstício de inverno no castelo de Rádis, rei de Nórtia, chega um alerta sobre a ameaça que ronda o reino: a invasão bárbara.
Tanto Róbian como o duque de Rocagris partem a fim de defender o rei e seus domínios. No entanto fracassam, e Nórtia sucumbe ao jugo dos invasores. 
Da noite para o dia, o mundo de Viana desmorona. Completamente sozinha, ela é obrigada, a certa altura, a fugir para a Grande Floresta. Ali aprende a caçar, a lutar e a  defender-se feito homem, renunciando assim, à condição de donzela. 
Para salvar o próprio reino, porém, ela terá de seguir a pista de antigas lendas sobre o lugar, no coração da mata, onde as árvores cantam...

POR QUE LER:
Esse é um  romance épico, ambientado na Idade Média, com direito a casamentos de nobreza, disputas entre cavaleiros e invasões bárbaras. 
Uma história às voltas com o mito da donzela guerreira, moça que assume modos viris e toma parte em combates, recusando os tradicionais papéis de esposa e mãe. 
Uma exótica mistura entre épico e fantástico, que se abre aos encantos do erotismo vegetal e do amor interespécies.
Um libelo ecológico em defesa das florestas.

PRESTE ATENÇÃO:
Ao grande domínio narrativo da autora dessa história surpreendente a cada capítulo. É incrível as aventuras de uma jovem sonhadora, Viana de Rocagris, a ter seu mundo ruir quando os bárbaros das estepes invadem o reinado de Nórtia. 
Em como capítulo nos põe em alerta sobre o que pode acontecer com os personagens e em como a leitura é agradável e fascinante, nos surpreendendo a todo momento. É incrível! Vale a pena lê-lo sem dúvida nenhuma.

INDICADO pela professora:
Amparo Rodrigues Moreira.