A ministra da Secretaria de Políticas para Mulheres, Eleonora Menicucci, participa do velório no Rio de Janeiro.
HORÁCIO DÍDIMO - 80 ANOS
Mesmo passados quase dez anos desde a aposentadoria do Departamento de Literatura da Universidade Federal do Ceará (UFC), o professor, poeta, escritor infantil e ensaísta cearense Horácio Dídimo ainda conjuga o verbo "ensinar" a cada frase. Com 80 anos completados dia 23 de março, o mestre da literatura para crianças se prepara para o lançamento de A Estrela Azul da Fé e da Poesia, 40º livro de uma carreira dividida em partes iguais entre a poesia e a literatura infantil. "A poesia sempre tem um sentido lúcido e um sentido lúdico. O lúdico é o da brincadeira. O lúcido é o do sentido , do aprendizado. Assim também é a literatura infantil", ensina o escritor, unindo em uma só construção as duas paixões da sua escrita.
Apesar do nome ligado ao curso de Letras da UFC e a Literatura Infantil, Horácio defende que toda a carreira foi dedicada a uma arte mais específica: a poesia. "Tudo o que escrevi está ligado à poesia. A literatura infantil, para mim, não é um gênero literário, mas um modo de fazer poesia", ensina.
O assunto preferido de Horácio Dídimo, no entanto, é imutável desde a década de 1940: Monteiro Lobato. O escritor paulista foi tema de Ficções Lobatianas: Dona Aranha e as Seis Aranhinhas no Sítio do Picapau Amarelo, tese de doutorado de Horácio em Literatura Comparada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Acho que se tivesse escrito em inglês, por exemplo, Monteiro Lobato seria considerado um dos grandes escritores do mundo.Todos os melhores escritores de literatura infantil devem muito a Monteiro Lobato", defende. De acordo com o poeta, a lembrança mais tenra da infância é a de receber os novos livros do escritor infantil a medida em que eram lançados. A morte de Monteiro Lobato, em 1948, foi como perder um parente, revela.
Aos 80 anos, o mestre segue produzindo. "Escrever nunca foi difícil para mim. As ideias vão aparecendo e eu vou transformando em uma poesia que fica guardada até o momento em que eu vejo que ela está pronta para ir para um livro", explica. Foi assim que Horácio fez sua defesa para a Academia Cearense de Língua Portuguesa e virou membro correspondente da Academia de Letras e Artes Mater Salvatoris (Salvador-Bahia), alguns de seus orgulhos.
Horácio promete seguir escrevendo "até quando der", tentando encantar adultos e crianças com poesia e simplicidade - os segredos que aprendeu com Monteiro Lobato.
Fonte: Jornal O Povo: Vida & Arte, artigo de André Bloc, 23/03/2015).
MORRE O ESCRITOR EDUARDO GALEANO
Uma segunda-feira que poderia ter sido como todas as outras, mas esta, 13 de abril de 2015, foi diferente. Foi o dia em que a América Latina amanheceu mais triste: perdemos Eduardo Galeano. Por volta das 9h30 da manhã começam os comentários nas redes sociais, amigos de todos os países latino-americanos comentam, com profunda tristeza, a morte do escritor uruguaio. Em instantes, centenas de sites confirmam a notícia. Eduardo Galeano se foi, aos 74 anos de idade.
Por Mariana Serafini, do Vermelho
Eduardo Galeano foi o primeiro a receber o título de Cidadão Ilustre do Mercosul, a homenagem se deu em razão da contribuição de sua obra à cultura, à consolidação da identidade latino-americana e à integração regional. Mais tarde, outras figuras relevantes também foram homenageadas, entre elas Lula e Oscar Niemeyer.
O escritor, que ousou mexer nas cicatrizes mal fechadas de um continente marcado por exploração e resistência, trouxe à tona as mazelas das veias que nunca fecharam da América Latina. A obra de Galeano ensinou a diversas gerações de latino-americanos sobre a liberdade, a democracia, a humanidade e a importância do abraço (este último no seu Livro dos Abraços, considerado o mais ousado de sua carreira).
Em As veias abertas da América Latina, publicado em 1971, Galeano analisa a história do continente desde a invasão espanhola até o período contemporâneo, em que a exploração continua, porém de outra forma, por meio da dominação econômica estadunidense. A obra, que se tornou um clássico da literatura de esquerda latino-americana, foi fundamental para a afirmação de uma identidade continental dos povos da região.
Galeano sofreu a repressão da ditadura uruguaia e foi exilado na Argentina, onde teve seu nome colocado na lista dos esquadrões da morte com a chegada do golpe militar liderado pelo general Jorge Videla. Naquele período de ascensão dos regimes ditatoriais em todo o continente, viveu na Espanha e iniciou sua trilogia Memória do Fogo. Só voltou ao seu amado Uruguai em 1985, depois da redemocratização do país.
Como muitos meninos e meninas latino-americanos, Galeano sonhou em ser jogador de futebol. Por sorte ou azar, não há como saber, o desejo não se tornou realidade, mas o escritor tratou de retratar o sonho em algumas de suas obras, entre elas O futebol de sol e sombra, de 1995.
Em seu Livro dos Abraços, Galeano valoriza a sutileza da palavra para apresentar sua visão sobre emoções, política, arte e outros temas inerentes à vida do cidadão comum. Uma crítica mordaz à sociedade capitalista moderna, a obra questiona a distorção de valores.
No texto A celebração da voz humana 2, Galeano faz uma ode à palavra: “Quando é verdadeira, quando nasce da necessidade de dizer, a voz humana não encontra quem a detenha. Se lhe negam a boca, ela fala pelas mãos, ou pelos olhos, ou pelos poros, ou por onde for. Porque todos, todos, temos algo a dizer aos outros, alguma coisa, alguma palavra que merece ser celebrada ou perdoada”.
Galeano comemorou a eleição do primeiro presidente de esquerda da história do Uruguai, Tabaré Vázquez, da Frente Ampla, em 2004, ao afirmar que os uruguaios “votaram contra o medo”. Em 2013 publicou o artigo A demonização de Hugo Chávez. O título irônico revela um brilhante texto em apoio ao então presidente da Venezuela. Junto a outros intelectuais de esquerda latino-americanos assinou um pedido de proclamação da independência de Porto Rico e escrevia periodicamente para jornais de esquerda dos Estados Unidos. Fez da palavra sua ferramenta de luta e defesa da liberdade.
Esta segunda-feira (13) fica marcada em nossa história, o dia em que a América Latina perdeu um de seus grandes mestres e precisou reafirmar o compromisso com a luta contra o imperialismo, pela liberdade e soberania de seu povo, como ele ensinou.
OBS.: O livro de Eduardo Galeano, O LIvro dos Abraços, tem no Centro de Multimeios.
Mário de
Andrade na Flip, na Internet, em carta
A mais famosa festa literária
brasileira, a Flip, começou no dia 1/07, em Parati, e prossegue até o dia
05/07. Mário de Andrade é o escritor homenageado. Como se definiu num poema –
“Eu sou trezentos, sou trezentos-e-cinquenta” – era ensaísta, poeta, escritor,
crítico literário, musicólogo e folclorista. Foi um dos principais mentores do
movimento modernista de 1922 e autor de Macunaíma, um clássico da
literatura brasileira.
Nos cinco dias de festa, a Flip realizará cerca de
200 eventos, que incluem debates, shows, exposições, oficinas, exibições de
filmes e apresentações de escolas, entre outros. Além da programação principal,
há eventos para jovens e crianças.
Vários dos encontros entre escritores e mesas da
Flip poderão ser vistos ao vivo pela página do evento na Internet (www.flip.org.br).
E como o assunto principal é Mário de Andrade, o
Portal Escrevendo o Futuro traz sugestões para
quem quer mais informações sobre o escritor.
Clique aqui para
assistir ao documentário “Mário de Andrade: reinventando o Brasil”, da série
Mestres da literatura, disponibilizado pela TV Escola.
O filme tem 31 minutos e traz depoimentos de
especialistas, familiares e escritores com imagens do autor de Pauliceia Desvairada, da São Paulo de seu tempo e de suas
viagens pelo Brasil. Mário é considerado o criador da poesia moderna no país. O
documentário revela como se deu a formação pessoal e acadêmica do autor, além
de abordar sua obra máxima, Macunaíma.
Veja também – no site “Releituras” - uma das cartas que o
paulista escreveu ao então novato escritor mineiro, Fernando Sabino, que havia
enviado a Mário seu primeiro livro. A carta é quase uma aula para aqueles que
escrevem. A correspondência entre os dois foi publicada em livro: “De Mário de
Andrade a Fernando Sabino - Cartas a um Jovem Escritor" (Editora Record,1981).
ANNE FRANK
A primeira cinebiografia alemã de Anne Frank será apresentada pela primeira vez no Festival de Cinema de Berlim - disseram os organizadores do Berlinale. O Diário de Anne Frank ("Das Tagebuch der Anne Frank"), dirigido pelo alemão Hans Steinbichler, terá sua estreia mundial em uma seção paralela da competição oficial, disse a mesma fonte.
O Diário de Anne Frank, escrito pela jovem judia de 13 anos entre junho de 1942 e agosto de 1944 enquanto ela se escondia com a família em Amsterdã.
A obra foi publicada pela primeira vez em holandês por seu pai em 1947.
O nazismo será um dos temas do Festival de Berlim, que começa em 11 de fevereiro, com a adaptação do romance Sozinho em Berlim, de Hans Fallada.
(Fonte: Jornal O Povo, 25 de janeiro de 2016)
EXPOSIÇÃO INTERNACIONAL
QUEM É O HOMEM DO SUDÁRIO?
HISTÓRIA E CIÊNCIA DESVENDANDO A FÉ
- Sucesso de público mundial -
De 13 de janeiro a 28 de fevereiro de 2016
Horário: segunda a sábado de 10h às 21h
Domingo 14h30 às 19h30
Local: Shopping Parangaba - piso L2
ENTRADA GRATUITA!
* Você pode doar 1kg de alimento não perecível.
(Realização: Shopping Parangaba, Jornal O Povo e Shalom).
UM ACERVO PARA COMPARTILHAR
A
pós 28 trabalhando com locação de livros em Fortaleza, a Tukano Arte & Literatura fecha as portas e disponibiliza para a venda avulsa o acervo de 11 mil títulos. Um presente para a cidade em forma de papel, tinta e brochura.
Há um tesouro guardado na rua Carolina Sucupira, número 1304. São mais de 11 mil livros - em uma coletânea que passeia por literatura, sociologia, história, filosofia, cinema, teatro, música, artes plásticas e arquitetura. A singular Tukano Arte & Literatura - que funcionou como editora e locadora de livros por 28 anos -, fecha as portas e entrega um presente para a Cidade: o acervo está disponível para venda.
Nas prateleiras, agora marcados com etiquetas sinalizando preços, os exemplares conservam lembranças de antigos leitores. De 1985 até 2013, a empresa reuniu intelectuais fortalezenses ávidos pelo consumo de novos livros. O sistema ainda guarda os nomes dos três mil clientes cadastrados. Geralmente associada aos DVDs ou aos antigos VHSs, a locação é um modelo de negócio simples - baseado em escolha de título, aluguel, pagamento de diárias e devolução.
A história da Tukano, encerrada agora com a liberação do acervo para venda, começou bem antes de 1985 e se confunde com a história do casal Américo e Ignês Vasconcellos. Após visitar uma brinquedoteca, em São Paulo, eles apostaram na possibilidade do negócio engendrar em Fortaleza. E, por 28 anos, assim aconteceu. Mas as mudanças da vida e o peso do tempo tornaram inviável a manutenção dos exemplares. “Estamos pensando em outros planos e não temos mais como cuidar de tudo isso. É trabalhoso fazer a higienização, organizar”, lamenta Ignês, bibliotecária por formação e apaixonada pelo mundo das letras.
Entre o acervo se destaca a quantidade de obras cearenses - algumas raras ou de edições já extintas. “O Moreira Campos, grande amigo, uma vez me ligou perguntando se havia um livro dele aqui. Acontecia muito com autores regionais, pois as tiragens são pequenas”, pontua Ignês. Américo Vasconcellos, arquiteto, afirma que a Tukano Arte & Literatura foi uma das únicas locadoras literárias no País. “No Nordeste havia outra, em Recife, mas fechou há algum tempo”. Ele se lembra do início do negócio, quando existia pouco mais de mil títulos disponíveis. “Nós basicamente juntamos as nossas bibliotecas, Ignês e eu, e liberamos para locação. Também fizemos edição de autores cearenses”, explica.
A pretensão de Ignês era disponibilizar o acervo inteiro para “uma única mão”, mas não foi encontrada uma pessoa ou entidade interessada na coleção inteira. O casal encontrou a venda dos títulos em separado como solução. “Nosso intuito é que o material fique em Fortaleza, pois é a nossa terra. Reunir os livros foi o trabalho de duas vidas”, pontua a bibliotecária. Por isso, os títulos não foram disponibilizados em sebos virtuais - permanecendo a venda avulsa local como opção. Quem quiser adquirir um, dois ou mais títulos da Tukano pode visitar a sede da extinta locadora - de segunda a sexta-feira, das 14 às 18 horas; e aos sábados, das 9 às 13 horas.
SERVIÇO:
Tukano Arte & Literatura
Onde: rua Carolina Sucupira, 1304 - Aldeota
Quando: de segunda-feira a sexta-feira, das 14 às 18 horas; e aos sábados, das 9 às 13 horas
Para consultar o acervo: www.aluguelivros.com.br
Outras informaões: 3261 0421
(Fonte: Jornal O Povo, reportagem Isabel Costa, 22 de fevereiro de 2016).
Bibliotecas comunitárias
oferecem livros e espaço para estudo
Onde
não há acesso aos equipamentos públicos, leitores encontram nas bibliotecas
comunitárias o espaço ideal para estudar, mediar leituras, ouvir boas
histórias, consultar ou locar livros. O POVO listou locais que ressignificam a
relação das crianças e dos adolescentes com a Literatura.
Em uma
cidade onde só há duas bibliotecas públicas - a Dolor Barreira e a Governador
Menezes Pimentel – espaços comunitários de leitura ressignificam a relação dos
moradores com os livros. Localizadas em bairros periféricos, elas oferecem
chances de ouro para crianças e adolescentes: acessar clássicos brasileiros,
assistir contações de histórias e ler as publicações queridinhas da cultura
pop. Para quem não possui acesso aos equipamentos públicos, ter uma biblioteca
perto de casa é um luxo.
Ana Luísa da Silva é frequentadora da Biblioteca
Comunitária Leônidas Magalhães, no bairro Álvaro Weyne. Foi no espaço que ela
aprendeu a ler. “A minha história é assim: meu irmão me chamava para sair e
pedia que eu lesse placas, cartazes. Mas eu não conseguia, não aprendi na
escola. Aqui as tias foram me ajudando e juntei as sílabas”, lembra. Hoje com
dez anos, a menina se diz fã de poesia brasileira. “Mas ainda gosto dos
livrinhos infantis com figura”, conta. Com somente dois mediadores de leitura,
a biblioteca tem 4.500 exemplares e mais de 250 leitores cadastrados. E, para
manter o acervo atualizado, o grupo gestor busca editais públicos e apoio de
empresas.
Para Nádia Santos, 17, a Biblioteca Comunitária
Sorriso da Criança, no bairro Presidente Kennedy, é lugar de crescimento.
Frequentadora desde os nove anos, ela viu os gostos literários mudarem. Antes
fã dos livros infantis com “leitura simples e rápida”, hoje ela busca clássicos
nacionais escritos no século passado. “Estou aqui de segunda a quinta. É meu
local preferido para ler e estudar”, comenta. A Sorriso da Criança tem 3000
títulos e, além da consulta e locação, oferece contação de histórias e
mediação. A coordenadora, Lilian Gradela, explica que a atualização do acervo e
a contratação de profissionais só foi possível graças ao financiamento do
Instituto C&A. Em 2016, como a parceria findou, a instituição avalia como
será o futuro da biblioteca, que existe desde 2005.
Na contramão da falta de recursos, entretanto, há
quem permaneça resistindo. Com um pouco mais de mil livros, a Biblioteca
Comunitária Espaço de Leitura, sediada no bairro Planalto Pici, atende crianças
com empréstimo e contação de histórias. Devido às dificuldades orçamentárias, o
local funciona somente de segunda a quarta-feira. “Abríamos a biblioteca todos
os dias, mas, com a falta de recursos, não é mais viável. Tentamos, na medida
do possível, incentivar entre as crianças o gosto pelos clássicos brasileiros”,
aponta Francisco Fernando Martins, um dos organizadores.
Há, também, aqueles que sonham em ter um local próximo – gratuito e
aconchegante – onde crianças e adolescentes possam descobrir o mundo das
letras. Os moradores do Morro de Santiago, na Barra do Ceará, iniciaram
campanha que arrecada fundos para montar uma biblioteca. Parte do acervo e do
mobiliário foram conseguidos através de doações. Mas a estrutura necessita de
reforma. “Precisamos de materiais para concluir a construção. Desde 2015
trabalhamos para montar a biblioteca e a previsão é concluir no fim desse ano", pontua Rafael Agostinho, integrante do grupo que coleta financiamento.Localizada em área periférica, a comunidade necessita de locais para estimular estudo e leitura. "E fortalecer a autoestima dos moradores, pois o espaço é mal visto pela cidade e, com a biblioteca, poderia ser ressignificado", afirma.
BIBLIOTECAS COMUNITÁRIAS
O POVO reuniu endereços e telefones das principais bibliotecas comunitárias de Fortaleza. Em todas, além da locação de exemplares e espaço para leitura, hã contação de histórias e atividades lúdicas para crianças e adolescentes.
Biblioteca
Comunitária Jardim Literário
Onde: rua Eretides de
Alencar, 302 – Jardim Iracema
Funciona de segunda a
sexta-feira, das 8 às 17 horas
Outras info: 3286. 5347 /
bibcomunitariajardimliterario@gmail.com
Biblioteca Comunitária Criança
Feliz
Onde: rua Gaudioso de Carvalho,
302 – Jardim Iracema
Funciona de segunda a
sexta-feira, das 8 às 17 horas
Outras info: 3286 .3401 /
bibliotecacriancafeliz@gmail.com
Biblioteca
Comunitária Famílias Reunidas
Onde: rua Rincão, 79 –
Padre Andrade
Funciona de segunda a
quinta-feira, das 8 às 12 horas e das 13 às 17 horas
Outras info: 3284.6473 /
bib.familiasreunidas@gmail.com
Biblioteca Comunitária do
Conjunto Ceará
Onde: avenida B, 461 - Primeira
Etapa, Conjunto Ceará
Funciona de segunda a
sexta-feira, das 8 às 17 horas
Outras info: facebook.com/bcc
Biblioteca
Comunitária Sorriso da Criança
Onde: rua do Planalto,
167 – Presidente Kennedy
Funciona de segunda a
sexta-feira - das 8 às 12 horas, das 13 às 17 horas e das 18 às 21 horas
Outras info:
3478 2640 / bibliosorriso@hotmail.com
Biblioteca
Comunitária Espaço de Leitura
Onde: Rua Campestre, 141
- Planalto do Pici
Funciona de segunda-feira a quarta-feira,
em horário comercial
Outras info: 3290 0109
Biblioteca Comunitária Leônidas
Magalhães
Onde: rua Ferreira dos Santos,
197 – Álvaro Weyne
Funciona de segunda a
sexta-feira, das 8 às 17 horas
Outras info:
bibleonidas@gmail.com
Biblioteca Comunitária da
Vidança
Onde: avenida L, 400 - Vila
Velha
Funciona de segunda a
sexta-feira, das 8 às 17 horas
Outras info: 3262. 7599 /
vidanca@vidanca.org
Biblioteca
Comunitária Lendo Letras
Onde: rua Frei Caneca,
299 - Jardim das Oliveiras
Horário: de segunda a
sexta-feira, das 8 às 12 horas e de 13 às 17 horas
Outras info: 3279 .5221
Biblioteca Comunitária Dias
Macedo
Onde: rua Torres de Melo, 267 -
Dias Macedo
Horário: de segunda a
sexta-feira, das 15 às 17 horas
Outras info: 3469.9156
Biblioteca Comunitária Manoel
Bandeira
Onde: rua Abelardo
Barbosa, 1060 - Barra do Ceará
Horário: de segunda a
sexta-feira, das 8 às 17 horas – Outras informações: 3485-2906
(Fonte: Jornal O POVO, Isabel Costa, dia 29 de fevereiro de 2016).
Escrita compartilhada
Jovens escritores se reúnem em
projeto coletivo que edita, lapida e divulga textos de vários gêneros. Nessa
troca, eles se ajudam na aprendizagem da escrita criativa.
Escrever
não precisa, necessariamente, ser um processo solitário. Jovens fortalezenses
se reuniram no Escambau – coletivo que revisa, troca, lapida e divulga textos
de vários gêneros. Criado em Fortaleza, o grupo já reúne mais de 350
interessados em aprender sobre Literatura e ampliar os conhecimentos sobre
escrita criativa. Com site, página no Facebook, encontros mensais e produção de
podcasts, os integrantes interagem e caminham juntos na jornada artística.
Wilson
Júnior, 27, editor do grupo, despertou para a criação literária há dois anos.
Com necessidade de “aprender a escrever”, começou a buscar cursos específicos
na Capital. As poucas formações encontradas eram perenes ou inacessíveis.
“Passei uns meses escrevendo sozinho. Mas sentia déficits que não conseguiria
mudar isolado. Tentei juntar pessoas daqui, interessadas por escrita, e que
também não tivessem espaço. Então, o Escambau surgiu sem nome como um grupo
escrita criativa. E, em uma das reuniões, o Michel Euclides (também integrante)
sugeriu a designação”, explica.
Durante
o processo colaborativo, as redes sociais são a principal vitrine. No Facebook,
foi lançado um projeto de contos com palavras temáticas. De setembro a outubro
do ano passado, eram lançados verbetes diariamente – que serviam de mote para
os textos. A iniciativa popularizou o grupo, que saltou de 30 para mais de 200
participantes. Em dezembro último, a ideia foi repetida. Novo sucesso. E novo
salto no número de integrantes aconteceu.
A ação mais recente
do coletivo foi o lançamento do site oficial. A plataforma abriga, além dos
textos literários produzidos por “jovens escambanautas”, colunas semanais sobre
quadrinhos,cultura
pop, cinema e música. “Funciona também como uma espécie de expositor para os
integrantes, mostrando para as editoras que os aspirantes já têm um público”,
explica Wilson.
Suellen Lima, 25 anos, também é
componente do Escambau. O interesse pela escrita surgiu no ensino médio e foi
deixado de lado na vida adulta. Mas, passeando pelo Facebook, ela viu uma
sugestão de grupo curiosa: escambanautas. Gostou da proposta, entrou e desde
então é uma das produtoras mais assíduas. “Estava me sentindo sozinha. Sem
ninguém para compartilhar a experiência. Descobri o grupo e vi que estavam
engajados em escrever e ajudar uns aos outros”, diz. Suellen, recém-formada em
Letras, é responsável pelas resenhas literárias do site. “Tenho o projeto de
publicar um livro, mas preciso me dedicar. Espero que essa troca de
experiências no grupo gere frutos”, diz.
PROJETOS
O próximo passo é
lançar uma antologia de contos produzidos pelos escambanautas. “Em uma
proposta, possivelmente, de mitologia nordestina. As pessoas enviariam os
textos e ocorreria uma seleção. Estamos conversando com algumas editoras
independentes”, aponta Moacir de Souza Filho, 27 anos, também editor do
coletivo. Ele foi um dos selecionados na última edição do Prêmio Ideal Clube,
que reunirá poesias de fortalezenses em livro. Outros três integrantes do
coletivo – Talles Azigon, Cícero Almeida e Djania Beserra – também figuraram entre
os destaques da premiação.
SAIBA MAIS
Para
divulgar os trabalhos dos jovens autores, os editores do Escambau estão
formulando um canal no YouTube e investindo na produção de Podcasts.“Começamos no facebook e estamos fazendo
disseminação em outras plataformas. Falando sobre várias questões de arte,
representatividade e Literatura”, aponta
Moacir de Souza Filho. Apesar de ser sediado em Fortaleza, o coletivo acolhe
pessoas do Brasil inteiro.
Com o conhecimento adquirido em várias fontes, o Escambau
promove oficinas e workshops de escrita criativa em Fortaleza. A ideia,
explicam os integrantes, é disseminar o conhecimento cada vez mais.
SERVIÇO
Para conhecer o Escambau
Facebook: facebook.com/cambaface ou facebook.com/groups/cambanautas
Sugestão do leitor
Esta matéria foi sugerida pelo leitor Magno Matos
(Fonte: Jornal O POVO, Isabel Costa, dia 07 de março de
2016).